O Homem do Norte foi muito elogiado em 2022 quando estreou nos cinemas. Eu acabei perdendo o seu lançamento e só fui ver muito tempo depois, no avião, no último mês de dezembro. Mesmo na tela pequena, o filme consegue conquistar com seu impacto visual – e uma história que a a maioria vai reconhecer. Isso porque ele se baseia numa antiga lenda nórdica, que inspirou ninguém menos do que William Shakespeare a escrever sua famosa peça Hamlet. Na verdade, é impossível não associar os dois. O filme estreou este fim de semana no Telecine. Está disponível no App, na Globoplay, e também em reprises nos canais Telecine na TV.
O Homem do Norte segue uma história de vingança e loucura de um príncipe. Se passa no ápice da Landnámsöld, no ano de 914. O príncipe Amleth é um garoto que vem sendo treinado a ocupar o espaço de seu pai, o rei Horvendill (Ethan Hawke).Este acaba sendo brutalmente assassinado. Amelth descobre que seu tio (Claes Bang, o Dracula da Netflix) é o culpado, e que sequestrou a mãe do garoto (Nicole Kidman). O menino então jura que um dia voltará para vingar seu pai e matar seu tio. Vinte anos depois, Amleth (Alexander Skarsgard) é um viking que sobrevive ao saquear aldeias eslavas, que decide que chegou a hora de cumprir a promessa que fez há muito tempo atrás . Ele deverá salvar sua mãe, matar o tio e vingar o pai. O ex-príncipe então parte para uma odisseia em busca do tio.
O que achei?
O filme é excelente, mas não se engane. É violento e caótico. Apresenta aliás, um ciclo infindável de violência, que passa de pais para filhos. Nada é mais importante do que a vingança. E a natureza humana é animal. Até mesmo o romance de Amleth com Olga (Anya Taylor-Joy) não tem nada de romântico. Tudo resulta em um belo exercício de direção de Robert Eggers. Este que fez o excelente, mas difícil O Farol, aqui tem um filme mais acessível – dentro das possibilidades de Eggers, claro, rsrs.
E o elenco é bem interessante, claro. Skarsgard se esforça, apesar de que sua atuação não tem grandes nuances, nem mesmo quando descobre a verdade sobre a morte do pai. Claes Bang marca presença de uma maneira sexy e intensa, da mesma maneia que fez em Dracula. Mas o maior magnetismo, com direito a uma cena sensacional, pertence a Kidman. é no momento da importante revelação que ela brilha como nunca. É até curioso ver que acontece numa cena com Skersgard como seu filho. E os dois foram marido e mulher em Big Little Lies, lembra?
No final, é um bom filme que, claro, não poderia ter um final feliz. Esses personagens não saberiam viver com isso. Mas, é impossível tirar os olhos da tela. Aliás, #ficaadica, assista na maior tela possível. Vai fazer diferença.