Quando recebi a programação do mês de janeiro da Netflix, uma série de terror e suspense chamou minha atenção. Arquivo 81 tinha produção de James Wan. Bem, ele é o cara que nos deu Invocação do Mal e Sobrenatural, duas franquias bem assustadoras. Sou fã dele. A série tem 8 episódios, que estrearam na última sexta-feira.
Arquivo 81 é baseada num podcast famoso. Ela acompanha num primeiro momento o arquivista Dan Turner (Mamoudou Athie). Ele aceita um trabalho para restaurar fitas de vídeo danificadas num incêndio de 1994. Enquanto reconstrói o documentário de Melody Pendras (Dina Shihabi), ele acaba se envolvendo na investigação que ela iniciou na época. Especialmente o que diz respeito a uma seita violenta no edifício Vissar. A partir daí, acompanhamos duas linhas do tempo. E mais, vemos os dois personagens formarem uma conexão misteriosa. Dan fica obcecado em descobrir o que aconteceu com Melody há 25 anos. E acredita que pode salvá-la do triste fim.
O que achei de Arquivo 81?
Boa parte da crítica americana gostou muito dessa primeira temporada. Não foi o meu caso. É bem difícil fazer uma série assustadora, especialmente manter a atenção e o clima assustador durante vários episódios. Apesar de algumas cenas assustadoras (poucas), a série tem muita enrolação. Me deixou cansada e sonolenta durante boa parte do tempo. A história tenta misturar O Bebê de Rosemary com A Bruxa de Blair, e mais outros tantos filmes que se passam dentro de prédios de Nova York onde coisas estranhas acontecem. Entretanto, foi necessária muita determinação para prosseguir diante da falta de timing do roteiro.
Os dois protagonistas, Mamoudou Athie e Melody Pendras, até que se esforçam. Mas, gente, essa Melody é muito tonta. E só faz coisas erradas. É impossível ter alguma empatia por ela. Parece que nunca viu um filme de terror na vida, rsrs. E não só isso, praticamente todos os personagens tem que explicar para a audiência a todo o momento o que está acontecendo. Especialmente o amigo Mark (Matt McGorry, que engordou e eu demorei a reconhecer de How to get away with murder). Isso sem contar que o demônio da história parece uma mistura de Jigsaw com Predador. Impossível não ficar pensando nisso. Rsrs.
Entretanto, como todas as produções da Netflix, essa vai dividir o público entre aqueles que vão defender e achar incrível, e aqueles que vão dizer que é ruim. Eu estou nesse último grupo. Mas, o final já mostra um porta escancarada para uma segunda temporada. Tomara que tenha um ritmo melhor.