Em 2018 coloquei o filme Buscando… em segundo lugar na minha lista de melhores do ano. Era um pequeno, mas surpreendente filme policial que inovava ao mostrar toda a ação através de telas – de celular , de TV, FaceTime. Uma pena que atualmente está disponível somente para aluguel ou compra. Mas estreou nessa sexta na HBO Max uma espécie de sequência dele, chamado Desaparecida. Vale a pena ver.
Eu perdi a sessão para a imprensa quando foi Desaparecida foi lançado. Então só assisti ontem no streaming. As primeiras cenas já demonstram que o filme se passa no mesmo universo de Buscando. Mas os personagens são outros! Agora, é Grace (Nia Long) que desaparece enquanto estava de férias na Colômbia com seu novo namorado. E também onde começa a busca de sua filha, June (Storm Reid), por respostas. Presa a milhares de quilômetros de distância em Los Angeles, June usa criativamente todas as tecnologias à sua disposição para encontrá-la antes que seja tarde demais. Conforme ela se aprofunda, suas investigações digitais levantam mais perguntas do que respostas. Não apenas a informação sobre o novo namorado de sua mãe, Kevin (Ken Leung), é mais do que preocupante. À medida que June descobre mais e mais mistérios sobre sua mãe, ela se pergunta o quanto você realmente sabe sobre as pessoas mais próximas a você.
O que achei?
É claro que toda aquela novidade da apresentação da história através de telas, não existe aqui. Mas o uso das telas é ainda mais eficiente quando comparado com o primeiro filme porque em Desaparecida temos uma garota que sabe tudo de tecnologia e internet. Coisa que o pai quarentão não sabia, e deixava a história ainda mais tensa. De qualquer maneira, Desaparecida é um suspense eficiente. Tem boas atuações. Destaco aqui a presença divertida e simpática de Joaquim de Almeida como um colombiano que tenta ajudar June. E também, claro, Storm Reid, a irmã de Rue em Euphoria, e que é sempre uma atriz eficiente desde menina.
Mas, sinceramente, em termos comparativos com o primeiro, esse tem uma reviravoltas a mais do que o necessário. E com isso se afasta do realismo que deixa tudo mais tenso. Só que , por outro lado, também adiciona podcasters e TikTokers, que não existiam antes. E deixa claro como essas “opiniões especializadas” acabam deturpando toda a história. No final, apesar de não ser a quase obra-prima do primeiro filme, Desaparecida acaba sendo um suspense eficiente – e uma boa pedida para quem gosta do gênero.