Comédia romântica é um de meus gêneros preferidos. Sempre busco alguma perdida no streaming. E, por várias vezes, passei por Te quiero, Imbecil na Netflix. Mesmo com esse título perfeito, acabei não assistindo – ainda! Mas meu amigo José Augusto Paulo, que adora descobrir essas comédias espanholas assistiu e escreveu sobre ela. Me deu ainda mais vontade de ver!
Te Quiero, Imbecil
Essa comedia romântica me interessou por uma cena curta que aparece no trailer. Mas, com outras coisas para assistir, a mantive como Plano B na minha lista. E um dia, coloquei o plano em prática, e a assisti. Confesso que quase desisti nos minutos iniciais. Felizmente persisti! Porque ela é bem mais inteligente do que parece e os atores são esforçados, bem dirigidos. Mesmo não sendo fã de Barcelona, não me importei muito em revê-la como pano de fundo.
A historia é relativamente simples. Mas fica mais interessante com os diálogos do ator principal conosco via a camera. A namorada de Marcos ( Quim Gutierrez, que, dependendo do ângulo, não é nada de especial, ou muito atraente) há oito anos anuncia que vai deixá-lo. Bem na hora quando ele estava pronto para propor casamento. Com isso, ele volta a morar com os pais e se deprime. Um amigo dele, um tipo Don Juan, sugere que ele deve tentar de novo. Só que ao final de alguns encontros fica claro que ele precisa mudar esteticamente assim como aprender a namorar.
E no final?
O filme é sobre essa transformação seguida de perto por Raquel (Natalia Tena). Ela é a amiga dele, que debochadamente o chama de imbecil. Esta não acredita que ele seja tão despreparado assim com mais de trinta anos. Raquel trabalha em um estúdio de tatuagem bem no centro antigo. Isso gera umas cenas interessantes com os passantes e o contraste com a decoração do estúdio. Sim, o resto da história fica um pouco óbvio. Entretanto, a forma como se chega ao fim não deixa de valer a pena assistir.
Laura Mañá dirige um filme colorido, no ritmo certo. Tem uma fotografia bem modulada para as cenas de dia e clara para as noturnas e internas. A interpretação é boa e até os figurantes se saem bem. A transformação de Marcos tem ajuda da fotografia e de alguns discretos efeitos, mas convence. Um daqueles filmes com toques de que, se não tentarmos demais, os melhores momentos podem estar mais próximos do que pensamos.