Desde que estreou diretamente no streaming por aqui, penso em ver Anônimo (disponível na Globoplay). O filme foi muito falado na época de seu lançamento nos cinemas americanos, inclusive entrando em várias listas de melhores do ano. Mas, sempre alguma coisa acabava entrando na frente na hora de escolher o filme para ver . Mas, voltando de Roma, ele estava disponível no avião, então aproveitei a oportunidade. E já aviso que vale a pena!
Bob Odenkirk (de Better call Saul) é Mansell. Ele é um pacato pai e marido que sempre arca com as injustiças da vida, sem revidar. Quando dois ladrões invadem sua casa, Hutch se recusa a defender a si mesmo e sua família na esperança de evitar qualquer violência, desapontando seus familiares com sua passividade. As consequências do incidente entretanto acabam despertando uma raiva latente nele. E vão desencadeando instintos adormecidos e impulsionando-o em um caminho brutal.
É claro que a primeira coisa que vem à cabeça quando você começa a assistir Anônimo é a semelhança com John Wick ( o primeiro filme). Talvez porque o produtor e roteirista sejam os mesmos. Também tem um vilão russo e o tema similar de uma situação que desperta em um homem aparentemente pacato os sentimentos de um estilo de vida de um passado ligado à violência. Mas Anônimo tem um estilo bem diferente. Sim , as cenas de ação são extremamente eficientes, com uma linguagem quase de video game. Entretanto, com sua 1h30, é mais objetivo e direto. Aqui as lutas, mesmo super coreografadas, não tem uma duração exagerada que chega a ser risível (como o último John Wick).
A ação não começa logo de início. Primeiro, o roteiro deixa clara a rotina insuportável de Mansell. A coisa começa a esquentar quando há a invasão na casa. E o momento mais incrível vem logo depois, com a luta dentro do ônibus ao som de I Gotta be Me (que eu adoro). Aliás, a trilha sonora é uma das melhores que ouvi nos últimos tempos. Outro destaque, claro, é Bob Odenkirk. A gente já viu com Better Call Saul como ele é um ator sensacional – e aqui demostra bem isso. Cada movimento de seu rosto exprime um sentimento. E, além disso, ele também treinou por dois anos para poder ter o físico para fazer a maioria de suas cenas sem dublês. Liam Neeson invejou, rsrs.
Anônimo é um filme de ação dos bons! O final dá a entender a intenção de uma sequência – mas até agora, infelizmente não há nenhuma notícia sobre o assunto. Adoraria ver uma nova aventura de Mansell. E com participação do pai dele também, porque Christopher Lloyd está sensacional!