Joel Kinnaman faz muitos filmes, mas apesar de já ter feito parte do universo da DC não é um astro de primeira grandeza. Lembro a primeira vez que o vi na série The Killing (disponível no Disney Plus). Eu sempre gosto de sua presença nos filmes. Recentemente vi dois de seus trabalhos que estão presentes na Prime Video: A Hora do Silêncio e Ligação Sombria. Não são especialmente bons, nem inesquecíveis, mas entretém.
A Hora do Silêncio
No filme, Joel é um detetive que sofreu um acidente durante uma perseguição policial. Isso resulta numa perda auditiva, que o faz pensar que sua carreira e sua vida acabaram. Mas, ao ajudar um amigo, ele acaba se envolvendo num caso de uma testemunha surda. E logo os dois precisam se ajudar para escapar de assassinos que não podem ouvir se aproximando enquanto estão encurralados em um prédio abandonado.
Apesar da perseguição inicial eficiente, o filme demora para engatar. Mas a partir de um determinado momento, o jogo de gato e rato torna-se mais eficiente. Especialmente porque tudo se passa 90 % do tempo dentro de um único ambiente, no caso o prédio quase abandonado. O herói é um pouco tonto, especialmente para não perceber quem é o verdadeiro vilão. Isso era meio óbvio. Mas gostei da opção dos dois surdos tendo que lutar contra bandidos sem ouvir nada. É interessante, e curtinho – vale a experiência – e Joel está bem eficiente.
Ligação Sombria
Já em Ligação Sombria, Joel é um homem que está a caminho da maternidade onde sua mulher vai dar a luz. Só que ele acaba sendo forçado a dirigir para um homem enigmático e aparentemente muito perigoso (Nicolas Cage). À medida que a viagem continua, o motorista começa a perceber que algo está profundamente errado com seu passageiro, cujas intenções parecem ser demoníacas. Isolado em seu carro e seguindo à risca as regras impostas pelo passageiro violento, o motorista enfrenta uma série de acontecimentos inesperados ao longo da noite. Conforme a tensão aumenta, ele descobre que os verdadeiros objetivos e a natureza do misterioso passageiro vão muito além do que ele poderia imaginar. E tudo acaba se revelando um intrincado jogo psicológico onde nada é o que parece.
O filme, produzido por Nicolas Cage, o traz com seus exageros de sempre. Ele apresenta seu personagem com inspirações demoníacas claras de seus filmes como o recente Reinfield. E isso tira muito da credibilidade do personagem, especialmente com a revelação final. Joel também não está nos seus melhores dias. Entretanto, você acaba ficando curiosa para saber qual a ligação entre os dois. Há algumas boas cenas de ação, especialmente no diner, entretanto creio que precisaria de um diretor melhor.