Amor e Gelato, que estreou ontem (22) na Netflix, é baseado num best-seller escrito por Jenna Evans Welch. Parte de um daqueles princípios românticos clássicos de uma jovem que vai para uma cidade diferente. Vai mudando, se abrindo para o mundo, e logicamente se apaixona. Isso é usado pelo cinema – e pelas séries – desde sempre. O problema é que a personagem principal é muito chata!
No início do filme já ficamos sabendo que Lina está indo para a Itália. Mas não porque quer, mas sim porque o último desejo de sua mãe antes de morrer era que ela conhecesse seu pai. Só que Lina não sabe quem ele é, e não está nada animada. Isso até que, ao chega lá, ela recebe o diário de sua mãe. Enquanto passa o verão na Itália, Lina acaba conhecendo mais sobre a história de sua mãe conhecendo gente, visitando lugares. E lá ela acaba se envolvendo com dois jovens muito diferentes, o rico Alessandro e o jovem chef Lorenzo.
O que achei do filme?
O filme vale a pena pelas paisagens maravilhosas. Que delícia rever Roma e Firenze! Lina anda por aquelas ruas pequenas e super charmosas. Saudade! Amor e Gelato entretanto não desenvolve como deveria. Quando começa, promete algo bem romântico quando Lina relembra que sua mãe lhe disse que “O primeiro amor a gente não esquece jamais”. Só que logo a gente percebe que a protagonista é muito chata – ninguém aguentaria seus medos e reclamações, rs. E ainda há os romances que não funcionam. A relação dela com Lorenzo é quase de irmãos – não há a menor química ali. Já o personagem mais interessante da história, Alessandro, acaba quase desaparecendo na segunda metade do filme.
Há ainda a história da mãe, da descoberta de quem é o pai de Lina. Mas tudo parece meio embolado, quase uma enrolação para chegar a um final satisfatório. E quer saber? Falta amor e gelato nessa história! Não li o livro, mas o filme realmente não tem nada de romântico. Só vale mesmo para rever a linda Itália.