Logo que começaram a divulgar o lançamento de Na Sua Casa ou Na Minha?, Reese Witherspoon e Ashton Kutcher enfrentaram um situação inusitada. Todo mundo – até a mulher dele, Mila Kunis – falaram da postura de ambos em fotos. Algo assim meio sem jeito, sem graça, sem a menor química. O problema é que não era algo só do red carpet. No filme, que estreou nessa sexta na Netflix, a situação é a mesma. E ainda tem o problema do roteiro…
Debbie (Reese Witherspoon) e Peter (Ashton Kutcher) são grandes amigos há tempos. Mas também bem diferentes um do outro. Debbie ama a vida tranquila que leva com o filho em Los Angeles. Já Peter ama a correria de Nova York. Mesmo com a distância, os dois se falam todos os dias. É então que surge uma oportunidade de um curso para Debbie, só que ela deverá ir para Nova York. O problema é que a mulher não pode deixar o filho sozinho do outro lado do país, na Califórnia. É quando Peter sugere que os dois troquem por uma semana. Assim ela conseguirá seguir seu sonho e ele cuidará de seu filho por um tempo em Los Angeles. Com o passar dos dias, ambos perceberão que a vida pode ser muito mais do que imaginavam.
O que achei?
Eu amo comédias românticas, e adoro Reese. Até gosto bastante de Ashton também. O problema é que está todo mundo meio sem jeito em Na sua Casa ou na Minha? Além de não ter a menor química, os dois passam a amaior parte do filme separados. Isso não seria um problema se o roteiro fosse bom – só lembrando de Sintonia de Amor aqui. Mas tudo é lento e desinteressante. Os dois personagens são totalmente estereotipados. É particularmente difícil de acreditar que o roteiro vem da mesma pessoa que escreveu Vestida para Casar e O Diabo veste Prada, Aline Brosh McKenna, aqui estreando como diretora.
Há algumas participações interessantes, como Zoe Chao, como a ex de Peter, e ainda Jesse Williams (Grey’s Anatomy), apaixonante como o editor de livros. E ainda há o desperdício de Steve Zahn e Tig Notaro. A sensação é que todos eles se comprometeram com um filme totalmente diferente, que acabou picotado na edição final.
E no final…
E claro, o pior de tudo é que com todo esse talento reunido, a coisa poderia ter sido muito melhor. Talvez se fosse um elenco pior, seria mais fácil de aceitar o filme. Na sua casa ou na minha é o filme de dia dos Namorados (Valentine’s Day) da Netflix para este ano. Por lá eles comemoram nesse dia 14. Pena que o filme é tão fraquinho e tão pouco romântico. Melhor rever um O Amor não Tira Férias, ou ainda Doce Lar. Esse último é um momento bem melhor de Reese em comédias românticas…