Filhos do Privilégio é um suspense/terror alemão que está fazendo um grande sucesso na Netflix. Ele começa muito bem, logo com uma cena cheia de tensão e alguns sustos. Mas depois enfia tantos subgêneros ao mesmo tempo, que fica parecendo uma salada sem tempero. Rsrs!
Muitos anos após a trágica morte de sua irmã Anna, Finn (Max Schimmelpfennig) é um jovem de 18 anos. Ele é repetidamente assombrado por pesadelos e demônios. O que sua família acredita ser uma consequência do trauma de infância se torna cada vez mais real para ele. E com isso, eventos terríveis começam a se acumular ao seu redor. E Finn não consegue mais acreditar que está tudo só em sua cabeça. Junto com sua melhor amiga Lena (Lea van Acken), ele tenta entender um segredo do seu passado. E o que há por trás da fachada despretensiosa de sua família.
O que achei de Filhos do Privilégio?
Durante o decorrer de sua quase 1h50, Filhos do Privilégio passa pelo mais diversos subgêneros. Tem terror, suspense, sobrenatural, ficção-científica, drama adolescente. Ele apresenta conspirações, cultos, indústria farmacêutica demoníaca. E até uma mal colocada cena de sexo a três entre adolescentes. Tudo é jogado na tela, com o intuito de fazer com que a audiência não tenha tempo de pensar muito.
No geral até que as cenas são bem feitas. Até o final, que chega a ser risível a forma como os diretores Felix Fuchssteiner e Katharina Schöde finalizam a história. Isso inclui toda a sequência de “salvamento” até a reviravolta final. Uma pena, porque o filme tem um vilão/entidade assustador. Também os atores são bem razoáveis. Você deve lembrar de Max Schimmelpfennig (Finn) de Dark. Ele fazia o papel do Noah de 1921. Lea van Acken, como a amiga Lena também é de Dark. Ela era a garota do futuro.
Filhos do Privilégio poderia ser bem melhor, já que tem bons momentos. Pena que no geral fica a dever. Mas com o sucesso que vem alcançando na Netflix, é bem provável que o final aberto acabe resultando em uma sequência.