O que me chamou a atenção em Invasion é que era uma história de alienígenas querendo invadir a Terra e tinha a participação de Sam Neill. Gosto dessas histórias tipo Sinais, que você vê pouco do alien, mas muito do conflito que o acontecimento provoca em pessoas e famílias. É o mesmo princípio que sempre tento explicar a quem não conhece The Walking Dead. O importante não é o zumbi, mas o que sua existência provoca na atitude das pessoas. Bem, voltando à Invasion, a primeira temporada da série teve 10 episódios. Estes foram chegando um a cada semana na Apple TV Plus. Todos estão lá para assistir e ela já recebeu o sinal verde para uma segunda.
Invasion acompanha diferentes perspectivas no mundo todo durante uma invasão alienígena. No início poucos imaginam que seja isso. A maioria acha que se trata de um ataque terrorista. Ambientada em vários continentes, se concentra em quatro histórias que, em algum momento, poderão se cruzar. A melhor delas é de uma família de ascendência árabe nos Estados Unidos. Também gosto muito da do garoto inglês (o ótimo Billy Barrat) que sai numa excursão com os colegas um pouco antes dos ataques começarem. As outras duas não são tão interessantes. Há um soldado que se perde de seu pelotão no Oriente médio e tenta voltar para casa sozinho. E ainda a de uma especialista em comunicação do programa espacial japonês, que não se conforma com a perda de seu grande amor.
O que achei de Invasion?
Quando comecei a assistir, fiquei bem entusiasmada. Há um episódio totalmente centrado na família, que consegue se esconder em uma casa no meio do mato. É uma tensão, e também um primeiro olhar mais próximo dos alienígenas. Quando fui viajar faltavam três episódios, que eu vi correndo – depois de And Just Like That, claro. Entretanto, esses três últimos foram bem frustrantes. Em especial porque eles perdem muito tempo com momentos contemplativos de Mitsuki (Shioli Kutsuna, a Yuko de Deadpool 2), a especialista japonesa. O mundo está acabando e ela só se preocupa com a namorada. Chega a deixar você impaciente. Outro ponto frustrante é que o final dá uma sensação de algo incompleto.
Várias perguntas ficam sem resposta. Muito tempo se perde com situações que não levam a nada. E pouco se explica. A sensação é que essa primeira temporada é só uma introdução. E isso por vezes não deixa de ser frustrante. Mas é preciso reconhecer que os personagens são bem desenvolvidos, mesmo que muitas vezes sejam irritantes. Há boas cenas de ação, e a história promete. Mas não sei se terei paciência para esperar por uma segunda temporada que sabe-se lá quando acontecerá.
A série tem como co-produtor Simon Kinberg, responsável por um monte de filmes e séries. São dele, por exemplo, os filmes dos X-Men, Designated Survivor, Legion, entre outros. Após o anúncio da renovação da série, ele disse que “vamos expandir nosso universo de maneiras épica e íntima. ” Sei…