Only Murders in the Building é uma de minhas séries atuais preferidas. É provavelmente a mais inteligente de todas. O roteiro, que tem a mão de Steve Martin no meio, é sensacional. Durante suas temporadas já fez sátiras ao mundo dos podcasts de true crime e à Broadway. Agora, na quarta temporada, o alvo é Hollywood. E por esse primeiro episódio, que chegou no Disney Plus (os demais estrearão a cada terça), a temporada será ainda mais divertida que a anterior. Vale muito a pena ver.
O episódio começa imediatamente com o final do último da terceira temporada onde Sazz (Jane Lynch), a amiga de Charles (Steve Martin), leva um tiro. Só que quando Charles, Mabel (Selena Gomez) e Oliver (Martin Short) chegam no local, mas o corpo não estava mais lá. O episódio mostra Charles todo o tempo preocupado com o sumiço de Sazz. Mas há mais coisas acontecendo. A peça saiu de cartaz e Hollywood quer fazer um filme sobre os três e seu podcast. É quando o trio vai para Los Angeles para conversar com o estúdio, acabam conhecendo os atores que farão seus papéis, o que provoca as mais diversas sensações.
O que achei?
Em apenas 30 minutos do episódio há tantas referências, e brincadeiras com Hollywood, séries, filmes, e até mesmo com a própria série. Há uma cena em que eles brincam com o número de mortes que acontecem no prédio, rsrs. Toda a parte em que os três conhecem os atores que os representarão no filme é sensacional. Especialmente a parte de Eva Longoria explicando para Mabel a razão pela qual escolheram um atriz “um pouco mais velha ” para fazer o papel dela.
Aliás, este primeiro episódio está cheio de participações sensacionais. Eva, Eugene Levy e Zach Galifianakis como eles mesmos. Molly Shannon como uma executiva de estúdio, e até Scott Bakula (que sempre é citado por Charles). Meryl Streep retorna com um look totalmente diferente da temporada anterior, mostrando que Hollywood a mudou por fora – com sua participação em Grey’s Anatomy: New Orleans—Family Burn Unit (rsrs). Mas por dentro ela e Oliver continuam apaixonados – a cena dos dois é fofa. Mas o melhor de tudo é a sequência final, que faz paralelos com Era uma Vez no Oeste – é para qualquer cinéfilo vibrar.
Eu geralmente não tenho problema com séries cujos capítulos são semanais (cresci acompanhando séries dessa maneira), mas confesso que queria muito que todos os episódios já estivessem disponíveis para maratonar. Isso acontece quando a série é tão sensacional como Only Murders in the Building.