Eu confesso que tenho uma queda por esses romances teen, onde a tragédia acomete um deles. Choro de me acabar na maioria, rsrs. Não foi o caso em Ainda estou Aqui, que estreou na Netflix nessa sexta. Mas, já sei de gente que se emocionou muito com ele. O filme inclusive é o mais visto entre os lançamentos da Netflix. É fácil de explicar, afinal ele é uma história de amor bonita, com muitos – muitos mesmo – toques de Ghost. E ainda é estrelado por Joey King, que fez a mega bem-sucedida trilogia de A Barraca do Beijo.
Ainda estou Aqui é baseado no livro de Marc Klein, que se inspirou numa situação de sua própria vida: a perda de sua namorada aos 15 anos. O filme segue a história de Tessa. Ela cultiva uma visão negativa da vida depois de experiências de sua infância. Inclusive não acredita que alguém seja capaz de amá-la. Mas, um dia, num cinema que estava exibindo Betty Blue, ela conhece Skylar (Kyle Allen). Os dois se apaixonam completamente. Só que os dois sofrem um acidente de carro que tira a vida de Skylar. Tessa sobrevive, mas se vê incapaz de seguir em frente.
Isso porque alguns sinais que indicam que o espírito de Skylar ainda pode estar presente. Tessa começa então a acreditar que ele quer se reconectar com ela do outro mundo. Com a ajuda de sua melhor amiga, Tessa decide entrar em contato com Skylar pela última vez e completar sua história de amor.
O que achei de Ainda Estou Aqui?
O filme tem um vai e vem de passado (o romance dos dois) e o futuro (a tentativa de reconectar depois da morte). A primeira fase, a do romance, funciona perfeitamente. É delicioso de ver o romance dos dois – que tem muita química. A parte do presente já não funciona tanto – é mais longa do que deveria. O filme tem 1h55 e poderia ter sido mais eficiente com 1h30.
Isso não quer dizer que o filme seja chato em algum momento. Joey King é sempre uma presença forte, que faz a diferença. É interessante acompanhar a jornada de Tessa com sua fotografia, sempre em preto e branco, e sem a presença de pessoas. E especialmente acompanhar a forma em que Tessa vai se soltando a partir do momento em que se conecta mais com Skylar. Kyle Allen, também funciona bem (apesar de que beija de boca fechada, repare, rsrs). Com certeza, ainda iremos ouvir falar muito dele. Está em Amor Sublime Amor , e será o He-Man em Mestres do Universo. E claro, ainda lembra bastante um jovem Heath Ledger. É preciso também destacar o trabalho de Celeste O’Connor (de Ghostbusters: Mais Além), ótima como a amiga fofa e maluquinha de Tessa. O elenco ainda tem Kim Dickens (Fear the Walking Dead) e John Ortiz (Messiah) como os pais adotivos da garota.
No final, o filme vai conquistar as garotas românticas (seja de que gênero e idade forem…). Não está num nível de Ghost, ou Além da Eternidade, mas é doce e simpático. Vale a pena!