Nos anos 90, existia um tipo de filme, com uma temática policial, com algumas cenas sensuais, que normalmente eram lançados diretamente em vídeo. Tinham algum artista razoavelmente, e uma trama geralmente com alguns buracos, mas que funcionavam para quem alugava fitas (sim, fitas) nos fins de semana. Eram chamados os “filmes bons para o vídeo”, rs. É interessante ver que o gênero não morreu com o fim das locadoras. Ele simplesmente mudou de formato, e agora está sempre presente na Netflix. Me lembrei muito deles quando assisti Por Trás da Inocência, com Kristin Davis, que está disponível no serviço.
No filme, Kristin Davis, de Sex and the City, é Mary Morrison, uma autora de sucesso, que agora vive uma vida aparentemente feliz com o marido e os dois filhos. Só que o marido (Dermot Mulroney) perde boa parte do dinheiro da família num negócio que não deu certo. Ou seja, Mary tem que voltar a escrever. Só que para isso, ela tem que arrumar uma nova babá para as crianças. Quando Grace aparece em sua porta, Mary acha que tirou a sorte grande. Mas há várias surpresas por trás dessa nova situação.
A crítica
O filme até tenta sugerir um pouco de suspense. Ele tenta sugerir que as coisas podem simplesmente ser a imaginação de Mary funcionando a toda enquanto escreve o seu livro. Afinal , ela diz algumas vezes que “não é ela mesma quando escreve”. O problema é que o filme tem um monte de buracos no roteiro, e a resolução é pior ainda.A motivação da vilã é risível. Gosto de Kristin Davis, mas a sensação é que ela não conseguiu se despir da Charlotte de Sex and the City. Repare a corridinha dela na perseguição final. Não lembra Charlotte fazendo jogging na série? Rsrsrs! Apesar de ser um pouco culpada pela produção também, a atriz Greer Grammer (filha de Kelsey) é bonita e uma presença interessante.
Algumas poucas cenas entre Mary e Grace são até razoavelmente sensuais. Mas, em geral, o filme se perde. E é também beeeem longo, com 1h54 minutos. Quer saber? Não vale a pena!