Ok, todo mundo ouviu falar mal de Madame Teia, que é o pior filme de super-herói já feito etc. Tanto que foi a ´pior bilheteria desde que o MCU foi criado. Eu acabei perdendo no cinema, e fui ver só agora que ele estreou no MAX. Sim, o filme é muito fraco e previsível. Mas, confesso que esperava algo bem pior. Ele não é pior, por exemplo, do que Morbius, ou Venom (apesar das pessoas adorarem, eu não curto muito). O grande problema da história é que ele não é um filme de super-herói, e o roteiro é cheio de problemas.
Cassandra Webb (Dakota Johnson) é uma paramédica que vive em Manhattan. Ela tem uma experiência de quase morte e com isso descobre poderes como a clarividência. Atormentada por essas visões, Cassandra é envolvida em um mistério que inclui três jovens que ela precisa salvar: Julia Carpenter(Sydney Sweeney), Mattie Frank(Celeste O’Connor) e Anya Corazon(Izabela Merced). É quando esse grupo improvável tem que enfrentar uma figura mascarada e desvendar o passado de Cassandra, que guarda a chave para o futuro do multiverso.
O que achei?
É preciso dizer que Madame Teia é uma personagem dos quadrinhos que ajuda muito o Homem-Aranha. Essa é sua história de origem, e eu até achei simpático incluírem algumas referências ao herói como os personagens Mary e Ben Parker. Mas me pergunto a razão pela qual não foram mais explícitos, inclusive com referências aos nomes da Tia May e do próprio Peter Parker. Será que ficou na sala de edição? Também adorei rever Jill Hennessy , de uma série que eu adorava (Crossing Jordan) numa pequena participação como a mulher da ópera logo no início. E também gostei bastante da reconstituição de época, relembrando o início dos anos 2000.
O filme, é claro, tem um monte de problemas. E o principal – óbvio – é o roteiro. Tudo mal feito, sem muito nexo. Ele tem um monte de “barrigas” (como a parte da viagem de Cassandra ao Peru, ou o treinamento de CPR). As personagens das três jovens são mal escritas, e um consequente desperdício, especialmente de boas atrizes como Sydney Sweeney e Isabela Merced. O vilão, vivido por Tahar Rahim, é o próprio vilão de desenho animado.
E, sinceramente, adoro Dakota Johnson, acho que ela é linda e tem carisma. Mas obviamente não era a atriz certa para esse papel. Dakota tem uma persona muito forte, e precisa de um diretor de muito talento para tirá-la de dentro disso – e consequentemente criar uma novo personagem. Não foi o caso aqui. Ela não está muito diferente de Cinquenta Tons de Cinza ou do chatinho Am I Ok? (este também disponível no MAX).
E no final…
É claro que, além de tudo isso, há o preconceito das pessoas com filmes de super-heróis estrelados por mulheres. Já reparou como as pessoas tem um ódio especial por eles? Madame Teia não é bom? Não, não é! Mas tem muita coisa pior por aí. Eu até assisti em casa sem grandes problemas , sem ficar irritada (como no caso de Am I Ok?). Então, até que foi uma surpresa positiva.