Eu gostei da primeira temporada de um série não muito badalada da Prime Video chamada Mistério no Mar (crítica aqui). Trata-se de uma série britânica de suspense que se passa numa plataforma de petróleo, quando uma névoa misteriosa e envolvente aparece. É boa, com um elenco ótimo e vários momentos de suspense eficientes. No último fim de semana estreou a segunda temporada. Assisti ontem (são só seis episódios). A segunda temporada não é tão boa quanto a primeira, mas dá explicações, e funciona.
Na segunda temporada de Mistério no Mar, os sobreviventes da plataforma petrolífera Kinloch Bravo são transportados de helicóptero para uma nova instalação de alta tecnologia no Círculo Polar Ártico. Lá, enfrentam conspirações, conflitos internos e ameaças emergentes das profundezas do oceano. Situações que desafiam sua sanidade e coragem. Além disso, investigam mais sobre o Ancestor.
O que achei?
O primeiro problema é que Mistério no Mar sofre por causa da demora entre as duas temporadas (assim como tantas outras). Foram dois anos de espera. Confesso que me lembrava de pouca coisa – nem mesmo o recap antes do início da temporada foi suficiente para não me sentir meio perdida no primeiro momento. Mas depois a coisa engrena. Ela começa imediatamente após o final da primeira temporada. Os sobreviventes chegam à essa nova instalação sem saber o que os espera. E lá começam a investigar o que a empresa que os contratou tem a esconder, e também mais detalhes sobre o Ancestor, que vem causando várias mortes.
O segundo problema da série é que eles mudaram a estrutura. Separaram dois dos membros do grupo e mandaram a terra. E com isso perdem muito tempo mostrando a situação política da história. Ou seja, como a empresa foi a responsável por várias das perdas e que continua a agir sem se importar com nada. Isso prejudica a narrativa (nessas horas tinha vontade de pegar o celular, rsrs). E além disso diminui o suspense de ter todos num só local sofrendo uma ameaça. De qualquer maneira, quando a ação retorna para a instalação no meio do gelo, a coisa funciona bem. Tem influências novamente de Viagem ao Fundo do Mar, e também de O Segredo do Abismo e até de O Dia Depois de Amanhã.
A série tem uma finalização, e ela é eficiente. E claro tem atores ótimos. Os filhos de Game of Thrones continuam lá : Iain Glenn (Jorah Mormont), Mark Addy (Robert Baratheon) e Owen Teale (Alliser Thorne). E agora também tem a entrada de uma atriz que gosto bastante, Alice Krige (que está super parecida com Isabelle Huppert). No final, mesmo com alguns tropeços, vale a pena ver!