Muitas vezes o ator errado em um papel pode acabar com um filme. Eu tive um pouco essa sensação com Clint Eastwood em Cry Macho. Afinal, aos 90, ele estava obviamente velho demais para o papel de um homem que deveria ter um pouco mais de 60. Mas eu nunca tinha visto – que me lembre – uma situação tão vexatória como a de Michael Peña no filme Extinção, da Netflix.
Foi numa daquelas minhas buscas por filmes desconhecidos que me deparei com o filme. Peter (Michael Peña) sonha recorrentemente com a perda da sua família. E todo mundo pensa que ele está com problemas psicológicos. Até que Peter vê seus pesadelos se tornando realidade quando o planeta é invadido por uma força brutal e destrutiva. Ele luta pela vida e para proteger sua família. E descobre dentro de si uma força desconhecida capaz de manter todos que amam a salvo.
O que achei?
Pela sinopse já dá pra perceber que Peter é um herói, alguém que descobre “uma força desconhecida”. Seria algo assim para qualquer um dos Chris (Pine, Pratt, Hemsworth, Evans). Só que, obviamente, com locações na Sérvia e efeitos especiais não sensacionais, o budget não deveria suportar esses nomes mais famosos. Então pegaram o Michael Peña, para ainda dizer que tinham um elenco inclusivo. Entretanto isso acaba com o filme. Peña tem aquela cara de gaiato de amigo do Homem-Formiga que faz você esperar que a qualquer momento ele se saia com uma piada. Ou seja, não funciona como herói de ação que fará qualquer coisa por sua família.
Com isso, é difícil acompanhara o filme, que de primeira já perdeu toda a credibilidade. A primeira parte, quando ele começa a ter os problemas, é até aceitável. Mas depois da “invasão” fica ainda mais difícil. De qualquer maneira, o roteiro é interessante, e chega até a ser surpreendente. O momento da revelação é ótimo. Lizzy Caplan e Mike Colter (o Luke Cage) funcionam bem na história. Aliás, fica a pergunta, por que não convidaram Mike Colter para o papel principal?? Ficaria muuuuitooo melhor!
Eloisa
2 de junho de 2022 às 6:45 pm
Michael Peña? Porque será que Hollywood insiste num canastrão como ele. Não gosto mesmo…. Uma pena, ia ver esse filme