Uma vez, quando trabalhava na Columbia Pictures, hoje Sony, tive a oportunidade de ir à pré-estreia de Godzilla – aquele dos anos 90 com Matthew Broderick – lá no Madison Square Garden. Foi uma experiência inesquecível. Especialmente porque eu sou grande fã de filmes de monstros – desses que destroem cidades, tipo o próprio Godzilla, King Kong e tantos outros. O cinema criou um universo todo o próprio para esses personagens em diversos filmes – os últimos como Milly Bobby Brown. E agora, se “abre um braço” para uma série de TV com Monarch: Legado de Monstros, que estreia nessa sexta-feira na Apple TV Plus, com dois episódios. Os demais serão lançados um a cada semana até o final em 12 de janeiro.
A ação se passa após a batalha estrondosa entre Godzilla e os Titãs que arrasou San Francisco e a chocante revelação de que os monstros são reais. Ela acompanha dois irmãos que seguem os passos de seu pai para descobrir a conexão de sua família com a organização secreta conhecida como Monarch. Pistas os levam ao mundo dos monstros e ao oficial do exército Lee Shaw . Este é interpretado por Kurt Russell e Wyatt Russell) em dois períodos: nos anos 1950 e meio século depois, quando Monarch é ameaçada pelo que Shaw sabe. A saga abrange três gerações e revela segredos enterrados durante a busca pela verdade.
No primeiro episódio, a jovem Cate viaja ao Japão para obter respostas sobre seu pai e descobre um segredo chocante. Enquanto isso, no passado, Keiko, Lee e Billy buscam uma teoria sobre os Titãs. Já no segundo episódio, a organização Monarch se aproxima de Cate, seu meio-irmão Kentaro e a ex dele, May, enquanto eles tentam rastrear um indivíduo importante.
O que achei?
Eu já assisti aos dois primeiros episódios (obrigada, Apple TV Plus). Confesso que achei um pouco confusa, especialmente com todas as idas e vindas de diversos momentos do passado e o presente. A série ainda traz uma pequena participação de John Goodman, diretamente de Kong: A Ilha da Caveira, para explicar como certos papéis importantes vão movimentar a história atual. E ainda participar de uma luta de Titãs. Mas o mais legal da história toda acaba sendo o acerto monumental de casting, ao colocar como pai e filho – Kurt e Wyatt Russell – como o mesmo personagem 50 anos depois. É divertidíssimo ver Wyatt assumindo todos os trejeitos conhecidos de seu pai.
Kurt só aparece no final do segundo episódio , para colocar fogo na história para resolver os mistérios que envolvem a Monarch. Na verdade, pela primeira vez os monstros não são as figuras principais da história. Eles são sim um diferencial – mais ou menos como os zumbis no caso de The Walking Dead. Mas trata-se na verdade de uma história de espionagem/mistério onde os humanos são as figuras principais.
Aviso que não é necessário ter visto os filmes anteriores para acompanhar a história. Mas quem assistiu, vai ter um prazer maior ao descobrir certas referências. É claro que o impacto dos monstros se perde na tela pequena (por maior que seja a sua TV. Entretanto, creio que após um estranhamento inicial ( especialmente com as idas e vindas de passado e presente), a história vai se tornar interessante. Com certeza, vou acompanhar para ver onde isso vai dar.
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