Uncoupled chegou há pouco tempo na Netflix, e é uma dessas séries que eu tinha intenção de ver, mas acabei deixando pra trás. Outras prioridades. E além disso, adoro Neil Patrick Harris como apresentador, mas como ator ele nunca esteve entre meus preferidos. Essa é uma opinião bem oposta à de meu amigo, José Augusto Paulo. Ele assistiu a série, justamente por causa do ator, rs. Empatia é uma coisa engraçada. Veja abaixo o que ele achou de Uncoupled:
Uncoupled
Minha primeira lembrança de Neil Patrick Harris foi no filme feito para a TV chamado Encurralados no Inferno. É baseado na historia verídica de um casal, Jim e Jennifer Stolpa, que se perde enquanto dirige por uma area que sofre uma pesada nevasca. Lá ficam presos sob a neve por um longo período de tempo. Não esqueci mais o que pareceria um rosto ordinário de um norte americano que frequenta escolas médias, mas que, apesar disso, prendia a atenção. Não tanto pelos dotes físicos. Mas porque a sua forma de atuar foi, e ainda é, criar um personagem que, de alguma forma pede toda a atenção quando está em cena. Ele é também escritor e planeja se tornar diretor.
E assim, como acompanhei outros trabalhos de Neil, inclusive o excelente Barney Stinson de How I met your mother, decidi assistir Uncoupled. Trata-se de uma serie nova que em oito episódios conta a separação de Michael (Neil Patrick Harris) e Colin ( Tuc Watkins, que ainda conserva algo do heartthrob que era nos anos 90). Esta se inicia no dia em que Michael dá uma festa de aniversario surpresa a Colin. Só que, naquele mesmo dia, Colin esvaziou o apartamento dos dois de seus pertences pessoais.
Como é uma história de separação e de como enfrentar o que vem após, o tema se aplicaria a qualquer pessoa de qualquer sexo. Porém nos círculos que Michael e Colin frequentam (um sendo corrector imobiliário de apartamentos de luxo em New York e o outro no mundo das finanças de Wall Street), as oportunidades para recomeçar podem parecer muitas. Mas é preciso se adaptar aos novos hábitos depois um convívio de 17 anos que se desfaz. Além disso, é preciso enfrentar as barreiras de idade e imagem tão típica do mundo gay, mesmo em padrões mais elevados de vida.
Eu senti algumas semelhanças com Will and Grace, mas somente no humor e em alguns personagens. O drama em si expõe situações que todos que enfrentaram uma separação compreendem, viveram ou conseguiram, por sorte, evitar.
A serie tem três diretores e por vezes se notam algumas diferenças em estilo. Mas, em geral, a série tem uma produção caprichada, um texto inteligente e atores competentes. Ela foi criada por Darren Star (também responsável por Sex in the City e Emily in Paris) e Jeffrey Richman (produtor de Frasier e de Modern Family). Isso elevou minhas expectativas, só que a primeira temporada me pareceu boa mas não excelente. Porém, termina com possibilidade de uma segunda que talvez fique melhor com os personagens mais assentados. Tendo dito isso, como os episódios são curtos, assista. Dá para rir, tem momentos de drama sério. Mas vai ser também uma daquelas séries onde o espectador vai coletando lembranças de situações vividas ou testemunhadas enquanto a estoria avança na tela. Portanto, é uma daquelas para dar assunto para discussões das mais variadas.
Tereza
16 de agosto de 2022 às 2:54 pm
Gostei, boa para se divertir sem grandes expectativas