A Nuvem é a estreia do diretor Just Philippot. O filme estreou na Netflix nessa sexta, e vem com o reconhecimento de vários festivais de cinema fantástico. Foi exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes 2020. É um feito e tanto para um filme sobre gafanhotos sedentos de sangue.
Afinal, esse tipo de gênero dificilmente é visto nesses grandes festivais. Esse aqui é uma produção francesa sobre uma mulher viúva , que resolve criar gafanhotos. O objetivo é vender para produtores de comidas orgânicas. Mas, a coisa não vai muito bem. Os bichos não crescem como deveriam, até que um dia algo acontece. Num acesso de fúria, a mulher chamada Virginie, acaba se machucando e fica desacordada. Ao despertar, descobre que os gafanhotos lamberam suas feridas. E a partir disso começaram a crescer e se reproduzir. Só que, apesar do negócio crescer, a coisa não pode se sustentar por muito tempo, né?
A crítica
A Nuvem demora bastante para começar. Parece um drama sobre as dificuldades de um família com um negócio que não rende. Mas, é claro, desde o início, você já sabe que as coisas vão sair fora de controle com os gafanhotos. Entretanto, para mim, o filme nunca entrega aquilo que se propõe. Sim , claro, as cenas com os gafanhotos são boas. Especialmente os closes. Também tem o lado nojento, e um grande banho de sangue. Só que falta um suspense mais eficiente, um roteiro mais “azeitado”.
É preciso ressaltar que é um excelente começo para um estreante. A atriz principal, Suliane Brahim, é ótima. Você deve reconhecê-la da série Labirinto Verde, também disponível na Netflix. E, apesar de gostar desses filmes de terror “naturais”, com bichos e insetos, o filme não me conquistou. Valia mais ter visto uma reprise de Os Pássaros. Ou até mesmo de Anaconda ou Mutação.