A primeira vez que me lembro de ter visto um filme com uma celebridade como personagem, fazendo o papel dela mesma, foi num filme bem antigo. O nome é Minha Querida Brigitte, e foi feito nos anos 60. Tinha uma singela participação de Brigitte Bardot, que na época estava no auge. Depois vieram outros. É o caso de John Malkovich em Quero ser John Malkovich e ainda Billy Idol em Afinado no Amor. Isso sem contar as divertidíssimas aparições de gente como Steven Spielberg, Tom Cruise, Gwyneth Paltrow e outros em O Homem do membro de Ouro. E agora eu vi a comédia romântica Paris-Manhattan. Eu o descobri no meio do catálogo da Amazon Prime Video. É uma deliciosa homenagem a Woody Allen.
No filme, Alice é uma jovem francesa. Desde a adolescência, ela é fã do diretor americano Woody Allen. Quando está sozinha em seu quarto, o pôster de Woody torna-se seu confidente. Só que ela tem dificuldades de se relacionar com o sexo oposto. Um belo dia ela conhece Victor, que tem uma empresa de alarmes. A princípio, eles parecem um casal improvável, mas…
A crítica
Paris -Manhattan já começa super divertido com a voz de Woody Allen falando sobre sua forma de ver a vida. Isso inclui seus pensamentos sobre vida e morte. É a introdução para nos apresentar Alice. Ela foi apaixonada pelo marido da irmã, e é obviamente frustrada trabalhando na farmácia do pai. O personagem não é muito empático, mas acaba funcionando. É fácil perceber um monte de referências aos filmes de Allen na narrativa. Alguns óbvios, como por exemplo, Um Misterioso Assassinato em Manhattan, um de meus favoritos do diretor. Para quem conhece a obra dele, é um prazer a mais.
É claro que o diferencial vem no final, quando o filme se assume totalmente romântico e divertido. Não vou entregar mais, entretanto é um daqueles momentos que deixa você com um grande sorriso no final. E a gente vem precisando tanto disso, não é?