O primeiro filme de Enola Holmes era uma graça. Contando uma história de origem, tinha todos aqueles elementos de histórias de Sherlock Holmes, que eu adoro. E ainda Millie Bobby Brown (também produtora) com uma enorme empatia com a audiência. O filme, disponível na Netflix, fez tanto sucesso, que, lógico, ganhou uma continuação. Enola Holmes 2 estreou este final de semana também na Netflix, e também é gostoso de assistir.
Agora, Enola (Millie Bobby Brown) abriu seu próprio escritório de detetive. Só que as coisas não estão sendo fáceis. Especialmente por causa da comparação com seu irmão mais famoso, Sherlock (Henry Cavill). Entretanto, Enola acaba sendo contratada para achar uma garota desaparecida. Só que à medida que sua investigação continua, ela descobre que há muito mais em jogo do que apenas um desaparecimento. E que há uma perigosa conspiração que forma um grande mistério que requer a ajuda de amigos – incluindo a do seu irmão – para desvendar.
O que achei do filme?
Enola Holmes é o grande papel de Millie Bobby Brown. Ela é divertida, exagerada como toda a adolescente. A empatia dela com o público é o grande triunfo do filme. No início, Enola Holmes 2 tem a história um pouco enrolada demais. Especialmente a parte da investigação de Sherlock. Mas o elenco, e a direção de Henry Bradbeer (Fleabag) conseguem levar a história perfeitamente.
O filme já começa com uma cena, que será a entrada para um flashback de Enola contando como a situação chegou naquele momento. Também há uma clássica perseguição de carruagem, e uma sequência boa de briga ao final. Ao contrário do primeiro Enola Holmes, essa história não se baseia nos livros de Nancy Springer sobre a personagem, e sim num fato real, explicado ao fim do filme. É uma história de feminismo e de trabalho conjunto que combina perfeitamente com o teor dessa sequência. Deixa tudo ainda mais interessante.
Ainda tem romance – com momentos fofíssimos de Enola e Tewkesbury (Louis Partridge), dando continuidade ao clima do primeiro filme. David Thewlis faz mais um bom vilão. E Moriarty, o grande antagonista dos livros de Sherlock Holmes, faz sua primeira aparição neste universo (e é surpreendente – #semspoilers). Sam Clafflin não participa deste filme como Mycroft por problemas de agenda, mas Helena Bonham-Carter volta como a divertida e enlouquecida mãe de Enola. É sempre uma delícia vê-la. Mas, eu gostei especialmente que aumentaram a participação de Henry Cavill como Sherlock. Ele tem boa química com Millie Bobby Brown. E ainda consegue transmitir todo o espírito contido do personagem – relembra um pouco Basil Rathbone, o intérprete clássico de Sherlock. Acho que é uma de suas melhores atuações.
E no final…
O filme ainda tem uma cena no meio dos créditos, que já deixa a porta escancarada para uma sequência, com a participação de Hamish Patel (Yesterday). Só quero ver quando Millie e Henry vão achar tempo em suas agendas para fazer a continuação. Rsrs.