Eu adoro Dolly Parton. Acho que ela tem uma personalidade esfuziante, que desde Como eliminar seu chefe, funciona extremamente nas telas.Isso sem mencionar sua carreira especialíssima na música country. E, como pessoa, ajuda várias ONG’s, até investiu um milhão de dólares no desenvolvimento de uma vacina para o COVID-19. Dito isso, estava super animada para ver O Natal de Dolly Parton que acabou de estrear na Netflix. Ainda mais que se trata de um musical, co-estrelado por uma atriz que acho o máximo, Christine Baranski. Mas…
Começando pela história. Christine Baranski é Regina, uma mulher bem-sucedida que, após a morte do pai, resolve vender a cidade fundada por ele. Isso tudo é claro, na véspera de Natal. Mas ela começa a enxergar um anjo (Dolly Parton), que pretende fazer com que ela veja que está errada. Ao mesmo tempo, as pessoas da cidade lutam para não permitir que isso aconteça. Entre eles, o pastor local e sua esposa, a cabeleireira que já foi prefeita, e um amor do passado de Regina.
A crítica
A estrutura é de um musical da Broadway. Praticamente tudo é cantado. São 14 músicas compostas pela própria Dolly, que também é produtora. Algumas são bem bonitas, outras são longas demais. Ou seja, se você não gosta do gênero, passe longe. A direção é de Debbie Allen, especialista em coreografia de musicais, mas mais conhecida por seu papel de Catherine em Grey’s Anatomy. Com Debbie na direção, a gente pode ter certeza que haverá no filme números de dança cheios de energia.
A cenografia é obviamente super fake, tudo é um grande cenário. Mas isso é parte do seu conceito de musical. Já o roteiro é extremamente forçado em vários momentos. Quem gosta e assiste um monte de filmes natalinos sabe que o aspecto mágico/religioso é uma constante. Entretanto, aqui com personagens como Christian e Angel, esse princípio é elevado ao cubo. Para quem é extremamente religioso, isso funciona. Não é o meu caso. Respeito, mas senti um certo cansaço no meio do caminho.
O elenco
Entretanto, o filme tem Christine Baranski. E ela tem umas tiradas ótimas, é uma atriz especialmente superlativa. Vale o filme. Também vale ressaltar a energia de Jenifer Lewis como a amiga cabelereira. Voz maravilhosa e atuação divertida. Também gostei das participações de Jeanine Mason (outra remanescente de Grey’s Anatomy) e, é claro, de Treat Williams. Já Dolly é o máximo. É com certeza o anjo mais cheio de purpurina da história, e a mendiga mais bem vestida também. Rsrs. O Natal de Dolly Parton não está entre seus melhores trabalhos. Mas mesmo assim, ela é especial.