Eu me lembro bem pouco do filme original de Matador de Aluguel, de 1989. Me lembro que Patrick Swayze estava bem bonito, e que seu cabelo estava muito bem penteado sempre, rsrs. Então fui sem grandes expectativas assistir a refilmagem estrelada por Jake Gyllenhaal, com o mesmo título, que estreou esse fim de semana na Prime Video. Jake é um ator que gosto muito, já merecia ter sido mais reconhecido como ator. De qualquer forma, parece que desistiu dos grandes dramas que poderiam lhe dar prêmios – e vem investindo em filmes mais populares como esse.
Aqui Jake é Dalton. Ele é um ex-lutador de UFC, que caiu em desgraça após uma tragédia. Por isso, vive de se apresentar em lutas do submundo. Só que um dia, ele aceita um emprego como segurança em um bar de beira de estrada nas Florida Keys. O problema é que logo ele descobre que nem tudo é o que parece neste paraíso tropical.
O que achei?
O novo Matador de Aluguel é uma produção bem cuidada, com um roteiro de filme B (ou C). Só que o diretor Doug Liman ( de No Limite do Amanhã e Feito na América, ambos com Tom Cruise) resolveu fazer uma homenagem aos filmes de ação dos anos 80, com um ritmo/estilo de desenho animado. Repare no tom das interpretações do próprio Jake Gyllenhaal, e especialmente de Billy Magnussen como o vilão. Isso sem contar no lutador de UFC, Conor McGregor estreando no cinema – exageradíssimo, mas divertido.
O filme começa bem. Adoro especialmente as cenas em que Jake praticamente pede desculpas por derrotar seus oponentes. Aliás, ele é ótimo sempre – e está saradíssimo, sem um grama de gordura no corpo. O problema é que o filme se estende mais do que deveria com suas 2h01 (mania atual de fazer filmes longos). Esse tipo de ação merece 1h30, 1h40 no máximo. As cenas de luta são razoáveis, só que tudo é previsível. Entretanto o charme de Jake faz com que você aguente firme até o fim.
O diretor Doug Liman ficou bem bravo porque o filme não passou pelo cinema, indo direto para a Prime Video. Inclusive se recusou a participar da pré-estreia. Mas acho que é o tipo de produção que terá uma vida bem mais popular no streaming mesmo. E o final dá a entender que uma sequência poderá ser considerada no futuro.