As histórias de Stephen King já renderam um monte de adaptações para o cinema. Há alguns sensacionais como Carrie, a estranha (a primeira versão) ou ainda Um Sonho de Liberdade (que não tem nada a ver com terror). Mas a maioria é bem fraquinha. Algumas histórias tiveram várias adaptações diferentes. É o caso de um de suas histórias mais famosas, O Cemitério Maldito. Houve a versão clássica, de 1989, da qual tenho poucas lembranças (está disponível na Oldflix). E em 2019 teve uma outra versão (disponível na Globoplay), que não assustava, mas era bem tétrica. Agora, estreou hoje (6) no Paramount Plus, uma nova versão dessa história. O Cemitério Maldito – A Origem pretende dar uma ideia do início da história. Só que não assusta.
Aqui, a história se passa em 1969. Acompanha o jovem Jud Crandall (Jackson White), que sonha em se mudar da cidade onde nasceu. Ele está de partida com a namorada para se juntar ao Peace Corps.Porém, ao descobrir alguns segredos macabros sobre sua família – e a cidade onde mora – , Jud resolve investigar a história. Assim, ele e seus amigos de infância são forçados a enfrentar uma entidade maligna que assombra a cidade desde seu surgimento. E que tem um poder para uma destruição sem limites.
O que achei desse prelúdio?
A ideia para os fãs era ser um prelúdio direto do primeiro filme onde Jud Crandall era um velho da cidade (vivido por Fred Gwynne, da série Os Monstros). Com isso mudaram alguns detalhes no livro que se passava na segunda guerra, e aqui no filme acontece durante a guerra do Vietnã. Só que, tirando essa boa ideia, a história é totalmente confusa. Os atores parecem totalmente perdidos. E o pior, não assusta, apesar de vários momentos sanguinolentos. A única parte mais interessante, com mais “clima”, acaba sendo a que se passa nos anos de 1600 – mas é bem curta.
David Duchovny parece que só está ali esperando o momentos de descontar o cheque do pagamento. Seu personagem é completamente sem pé nem cabeça, e muda de atitude do nada. Mas ele não é o único desperdiçado. Veja se reconhece Pam Grier, que já foi estrela de Tarantino (e dos filmes de blaxplotaitions) como a assistente do Xerife. Ou ainda Samantha Mathis, de Colcha de Retalhos e A Última Ameaça como um figurante de luxo como a mãe de Jud. O único que ainda consegue alguma chance é Henry Thomas, que virou especialista em terror depois de algumas séries da Netflix. Típico caso de uma boa ideia mal executada.