O Oscar acontece no próximo domingo (12) e é bem claro que cada vez se distancia mais do público. Já se vai longe o tempo em que campeões de bilheteria como Titanic e O retorno do rei eram os vencedores dos prêmios de melhor filme. Hoje o provável grande vencedor será Tudo em Todo Lugar ao mesmo Tempo – a não ser que uma grande zebra aconteça. E vamos combinar que desde que estreou na Prime Video, o filme vem conseguido a proeza de agradar bem pouca gente. E com isso, a cada ano, as audiências caem. O público jovem – com suas exceções, claro – não se interessa pela premiação, por mais que – aqui no Brasil – a TNT tente promover o show para esse público. Para se ter uma ideia , neste ano até a TV Globo desistiu dos direitos de transmissão no Brasil.
Mas a gente continua por aqui. Mais uma vez irei acompanhar a transmissão em tempo real nas redes sociais do Blog de Hollywood – desde o red carpet até o prêmio de melhor filme. Comecei a assistir ainda menina, e a premiação me fascina desde então. Mas confesso que os candidatos desse ano são bem fraquinhos. Já vi todos. E aqui vão os meus preferidos – por ordem do que mais gostei – e também onde você pode assistir antes de domingo para se dar bem no bolão, rsrs. Para ver a crítica completa de cada um deles, é só clicar no nome do título.
1 – Elvis (HBO Max)
Se eu fosse votante da Academia, seria a minha escolha. Votei nele como o melhor filme do ano passado na lista do Blog de Hollywood. Acho que conta de maneira eficiente uma boa história. Tem uma excelente reconstituição de época, atuações sensacionais (sim, a de Tom Hanks também), fotografia, trilha sonora, montagem, tudo perfeito. Mas, no mundo real, não tem chance de ganhar o Oscar.
2 – Os Fabelmans (nas plataformas digitais para aluguel ou compra)
Bela história inspirada na infância e adolescência do diretor Steven Spielberg. É um pouco desigual em sua forma -a parte da faculdade é muito longa. Mas tem um final para cima, que funciona perfeitamente. E Spielberg é sempre um diretor sensacional.
3 – Avatar – O caminho da Água (cinema)
Confesso que gosto mais desse do que do original. É claro que não há nada de diferencial com relação ao primeiro na técnica. Mas, é um espetáculo . A história é mais simples, uma história de família. E funciona perfeitamente.
4 – Nada de Novo no Front (Netflix)
A adaptação do livro de Erich Maria Remarque já ganhou duas versões anteriores. A primeira ganhou o Oscar de melhor filme lá em 1930 (e outros quatro prêmios. Essa versão alemão é difícil de ver, por causa da história de guerra, mas é muito bem filmada. A fotografia e a trilha são sensacionais. Deve levar o Oscar de filme estrangeiro.
5 – Entre Mulheres (Cinema)
Gostei muito desse drama, triste mas poderoso, dirigido por Sarah Polley. É um filme de diálogos, lento, mas com um elenco excelente. Tem uma história fantástica, incrivelmente baseada em fatos reais, uma bela trilha e uma fotografia espartana e bela.
6 – Top Gun Maverick – (Globoplay/ Paramount Plus)
Hollywood agradece ao filme que salvou o cinema, rsrs! Enorme sucesso de bilheteria, o filme é bom, eficiente, tem grandes cenas de voos. Mas não é para ganhar o título de melhor filme do ano – e não irá ganhar (só se der uma enooormeee zebra).
Mas daí em diante…
7 – Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (Prime Video)
É com certeza o filme mais louco e surpreendente que vi nos últimos tempos. Mas, confesso, que isso não é necessariamente bom, rsrs. Acho que ele se perde do meio para o final (com a história do Donut). mas tem ótimas interpretações, como as de Key Hu Quan, Jamie Lee Curtis e Stephanie Hsu. Para mim, Michelle Yeoh é a mais fraca das candidatas a melhor atriz (mas não vi Andrea Riseborough até agora).
8 – Os Banshees de Inisherim (cinema)
Muita gente diz que é uma comédia, mas não me arrancou risada alguma. Outros dizem que tem a melhor atuação de Colin Farrell – acho que ele está igual a sempre. Os diálogos me deixavam enfadada. Só valeu pelas atuações de Barry Keoghan e Kerry Condon, que foram merecidamente indicados ao Oscar de coadjuvante.
9 – Tár – (cinema)
Cate Blanchett é sensacional sempre. Entretanto o filme é longo, desconexo. O roteiro tem furos monstruosos, e poderia ter facilmente cortado pelo menos uns 40 minutos da história. O diretor Todd Field não consegue envolver. Busca um distanciamento, como se dissesse “olhe como sou um grande artista, como meu filme é especial”. E não é. Tár se afunda ainda mais na parte final do filme, quando Lydia Tár parte para a Ásia.
10 – Triângulo da Tristeza – (Prime Vídeo)
Ganhou a Palma de Ouro, e concorre a três Oscars: filme, direção e roteiro. Eu sinceramente não consigo entender. Na sessão para a imprensa em que estive algumas pessoas gargalhavam, enquanto eu detestava tudo que se apresentava. Há uma série de situações ridículas – e diálogos idem. É então que a coisa descamba totalmente com muito vômito e diarreia – muito mesmo. Achei insuportável.