De vez em quando surge no cinema um filme do gênero que costumamos chamar de “soft porn”. Ou seja, têm cenas de sexo fortes mas não ao ponto de ter “closes ginecológicos”. O último que fez um enorme sucesso foi a trilogia de 50 Tons de Cinza. Mas agora, um novo filme, também baseado em três romances, está dominando as redes sociais . É a produção polonesa que estreou recentemente na Netflix, 365 dni. Muita gente fala mal, alguns gostam, mas todo mundo quer comentar e dar sua opinião sobre o assunto. Bem, aqui vai a minha:
A história de 365 dni
Mas antes, a história. Massimo é um chefão gostosão de uma família da Máfia Siciliana. Quando seu pai é asaassinado na sua frente, ele tem que assumir os negócios da família. Já Laura é a diretora de vendas de um hotel luxuoso de Varsóvia. Ela tem uma carreira de sucesso, mas sua vida íntima está bem chata. Com o namorado Martin e alguns amigos, ela vai comemorar seu aniversário com uma viagem à Sicília. O que ela não esperava era que Massimo cruzasse seu caminho, a raptasse com o objetivo de fazer com que ela se apaixonasse por ele em 365 dias.
https://www.youtube.com/watch?v=B4pJN3EYUPk
A crítica
Vamos por partes. Quando a gente vai assistir uma produção com essa sinopse, já não pode ir esperando um grande filme. Com certeza, não é. Boa parte das vezes os diálogos são ridículos, a mensagem pior ainda, e os atores são péssimos. Em alguns momentos me lembrou aquela literatura boba, que povoou a minha pré-adolescência de Sabrinas, Julias, etc. É claro, com o adendo de assassinatos e cartel de drogas. Muita gente vem discutindo que 365 dias romantiza a síndrome de Estocolmo, já que a história central gira em torno de uma mulher que se apaixona pelo homem que a sequestra.
Isso tudo é verdade. mas há também quem elogie nas redes sociais e diga que é melhor que 50 Tons de Cinza. São duas coisas muito diferentes, com exceção do princípio do macho alfa que fica enlouquecido por uma mulher que não cai aos seus pés, pelo menos no princípio. Em 50 Tons… você têm personagens que conseguem ter uma conexão com o público. Não é o caso de Massimo e Laura, que são dois mimados, acostumados a sempre conseguir o que desejam. É impossível se identificar com eles.
Mas, por outro lado, o filme tem uma bela fotografia, os dois atores são bonitos (num estilo novela mexicana, vá lá…), e têm as cenas de sexo. Algumas são meio ridículas, mas há outras que são bem sensuais, e podem alimentar as fantasias de muita gente. Com isso, essa produção de 2020 vem sendo um enorme sucesso. O final é aberto, e com certeza já deve garantir que os outros dois livros de Blanka Lipinska com os mesmos personagens rapidamente também se transformem em filmes.