Confesso que nunca fui grande fã da franquia Predador. Vi o primeiro, com Arnold Schwarzenegger, e talvez mais uns dois, inclusive o último, de 2018 ( ambos disponíveis no Star Plus). Só que quando comecei a ouvir comentários positivos da imprensa americana, fiquei curiosa para ver O Predador- A Caçada. O filme estreou no último fim de semana também no Star plus – e foi uma grata surpresa!
Neste prelúdio da franquia, O Predador: A Caçada conta a história de Naru. Ela é uma jovem guerreira comanche altamente qualificada, desesperada provar que é capaz de caçar. Criada entre os maiores caçadores que vagavam pelas Grandes Planícies e confiante de sua habilidade, ela se propõe a proteger seu povo quando seu acampamento Comanche é ameaçado por uma criatura misteriosa. O filme se passa no mundo da Nação Comanche no início de 1700. Munida com poucas armas, Naru persegue e finalmente confronta seu inimigo. Esta acaba sendo um predador alienígena altamente evoluído. Ele tem um arsenal tecnologicamente avançado. Isso resulta em um confronto brutal e aterrorizante entre os adversários. Mas, a jovem corajosa possui a força para enfrentar o que for necessário para manter seu povo seguro.
O que achei do novo Predador?
A ideia de trazer o predador para a 300 anos antes é o diferencial que a franquia precisava. Não é uma história de origem – este pode ser o primeiro predador ou não. E o melhor de tudo é que o diretor Dan Trachtenberg (do ótimo Rua Cloverfield, 10) se mantém fiel à essência do que deveria ser a franquia. É tenso (e como), e graficamente violento. Tem uma fotografia que alterna planos abertíssimos com detalhes intensos. E além disso, conta uma história relevante, que tem muito a ver com as tendências do cinema atual.
Afinal, a heroína é uma mulher índia ( ou americana nativa), que deseja ser mais, quer ser uma caçadora. Os homens e sua mãe não a levam a sério. Mas ela não se deixa abater. E com isso, parabéns pra a atriz Amber Mindhunter (de Legion e Roswell: New Mexico). Sua Naru é curiosa, determinada, assustada, e corajosa – uma grande atuação. O filme ainda tem várias referências para os fãs da franquia. Em especial, a arma de Predador 2, e a fala de Schwarzenegger do primeiro – “Se sangra, pode ser morto”.
Mas mesmo quem nunca viu um filme de Predador na vida vai se envolver e ficar tenso com o desenrolar da história. Pena que não pôde ser vista na tela grande de cinema. Teria sido um tremendo espetáculo.