Sei que tem muita gente que não gosta de terror. E também que tem muita porcaria por aí que se denomina filme de terror, e não assusta ninguém. Mas eu tive uma grata surpresa com O Telefone Preto, que estreia hoje (11) no Telecine, na sessão Super Estreia neste sábado às 22 horas. Com Ethan Hawke, e dirigido por Scott Derrickson, o filme dá uns bons sustos.
A história se passa em 1978. Uma série de sequestros de crianças está acontecendo na cidade de Denver. Finney Shaw, um garoto de 13 anos, é uma das vítimas. Ele acorda em um porão, onde há apenas uma cama e um telefone preto em uma das paredes. Este, é claro, não funciona. Só que quando o aparelho toca, o menino consegue ouvir a voz das vítimas anteriores do assassino. Este é um serial killer que atende pelo codinome de Grabbler, e elas tentam evitar que ele sofra o mesmo destino. Enquanto isso, sua irmã tem sonhos que indicam o lugar onde ele pode estar e corre contra o tempo para tentar ajudar a encontrá-lo.
O que achei?
O suspense é constante. O medo já começa pelo pôster, com aquela máscara aterrorizante usada por Ethan Hawke. O Telefone Preto consegue mesclar um medo real – o do sequestro de crianças – com um toque sobrenatural. É extremamente eficiente em criar um clima assustador desde a cidade onde todos vivem até o cativeiro de Finney. A parte mais perturbadora está naquilo que é sentido, e não o que é visto.
Isso é algi que faz muito tempo que não aparecia nos cinemas. Com uma trama enxuta, bons atores ( a menina Madeleine McGraw, que faz Gwen, é um achado). Com isso, mesmo que você não seja grande fã do gênero, vale a pena ver O Telefone Preto.