Hollywood adora fazer filmes sobre bastidores de eleições. Entre os que me vem à mente estão O Favorito, A Grande Ilusão (as duas versões) ou até o fofo Meu Querido Presidente. Agora mais um chegou na Netflix: Irresistível. O filme foi escrito e roteirizado pelo apresentador Jon Stewart. A produção é da Plan B, de Brad Pitt. E o elenco tem Steve Carrell, Rose Byrne, Chris Cooper e Mackenzie Davis. Deveria ser sensacional, certo? Só que não!
O filme mostra a história de Gary (Steve Carell). Ele é um estrategista do partido democrata que tem o grande desafio de conseguir votos para Jack Hastings (Chris Cooper). Este é um veterano de guerra que tenta se candidatar a prefeito em uma cidade conservadora de Wisconsin. Mas, quando o Partido Republicano descobre a estratégia, eles colocam Faith (Rose Byrne) no jogo, uma estrategista política de direita. Ela é uma antiga rival de Gray que fará de tudo para acabar com seus planos e derrotar seu candidato.
Para quem é norte-americano, talvez o filme tenha um outro apelo. Afinal, lá as eleições são bem diferentes daqui. Mas, mesmo com uma reviravolta no final, Irresistível não envolve, mesmo com os esforços de Steve Carell e Rose Byrne. Os dois estão sensacionais como sempre. Jon Stewart é um apresentador famoso, e um democrata convicto. Portanto, ele “acaba” com o lado dos republicanos – e Rose Byrne embarca totalmente. Melhor parte!
O filme é de 2020, mas creio que ficou no limbo por causa da pandemia. O início é bem divertido, mostrando a experiência da chegada de Gary na cidade pequena. Mas a partir do momento em que a corrida eleitoral começa, o filme se mostra algo que tem apelo para um público bem reduzido. Ou seja, que tem interesse e conhecimento sobre os meandros de uma eleição americana. O recado final é até interessante, mas até chegar lá…
E ainda…
PS – Comecei a achar estranho que um filme nos dias de hoje promovesse um quase casal com uma diferença de idade tão grande. Mas o filme tem uma interessante resolução sobre o assunto. Uma boa sacada!