Eu sempre adorei livros, filmes, derivados de Jane Austen. Aqueles romances que dã0 importância para mulheres inteligentes, e os homens que dão valor a elas, sempre me fascinaram. E o streaming está cheio de opções do gênero. Desde filmes premiados como Orgulho e Preconceito e Razão e Sensibilidade. Ou ainda séries como Bridgerton e Sanditon. E na semana passada eu assisti A Lista do Sr. Malcom no Telecine (está disponível na Globoplay). Achei divertido e interessante.
O filme é recente, de 2022. Ele se baseia no livro homônimo de Suzanne Allain. A trama se passa na Inglaterra, no início dos anos 1800, e acompanha a história de Jeremy Malcom (Sope Dirisu). Ele é o solteiro mais cobiçado de Londres que, para a alegria das pretendentes, está em busca de uma noiva. Porém, o homem tem uma longa lista de qualidades que sua futura esposa deve ter. A jovem Julia Thistlewaite (Zawe Ashton) entrou na disputa, mas foi rejeitada pelo Sr. Malcom. Ela resolve então se vingar. Para isso chama sua melhor amiga, Selina Dalton (Freida Pinto), para que finja ser a mulher dos sonhos do homem e, depois, o descarte.
O que achei?
Você já viu esse tipo de história várias vezes. E claro, é fácil de perceber que o que era inicialmente uma armação, vai se transformar em amor verdadeiro. Mas, A Lista do sr. Malcom não pretende reinventar a roda. A novidade fica por conta do “efeito Bridgerton”, de usar atores de diversas etnias como nobres ingleses. A maioria funciona. Zawe Ashton, mais conhecida como sra. Tom Hiddleston, está afetadíssima e irritante como a personagem pede. Freida Pinto mantém aquele seu olhar etéreo, que é sempre eficiente. Há ainda participações divertidas Oliver Jackson-Cohen e de Ashley Park, divertidíssimos como primos dos atores principais. E claro, Theo James, sempre sexy, interessante e apaixonante como o Capitão que completa o quarteto romântico da história.
No final, quem acaba destoando é o próprio Sr. Phillips. Sope Dirisu não tem grande química com Freida Pinto, e está bem distante de ser esse homem envolvente e disputado – algo que Regé-Jean Page fez com louvor em Bridgerton. Mas isso não atrapalha o desenvolvimento da história, que é uma delicinha de ver.