Bridgerton é uma daquelas séries que eu separo sempre um dia para maratonar e embarcar totalmente na história. Não foi diferente com a Parte 2 da terceira temporada, que estreou hoje na Netflix. O episódio 5 (de um total de oito) começa imediatamente após o final que vimos no episódio 4 da primeira parte há cerca de um mês. Isso quer dizer logo depois “daquela” cena da carruagem e o pedido de casamento.
Só que essa segunda parte não vai naquele crescendo da segunda temporada (para mim ainda a melhor das três). O romance de Pen e Colin enfrenta grandes problemas. A principal delas é a pressão em cima de Pen para revelar ao seu futuro marido sobre o seu grande segredo que é ser Lady Whistledown. E como sempre acontece na estrutura desses romances, sempre acontece algo quando ela está pronta para contar – até que ele acaba descobrindo sozinho – e a coisa fica muito mais difícil de resolver. Os dois personagens são o grande destaque, como era esperado. E é preciso especialmente destacar o trabalho de Nicola Coughlan, que tem momentos sensacionais como Pen. Grande atriz! Aliás, fica aqui o destaque para a cena sexy do espelho no episódio 5 – muito bonita.
Os outros Bridgerton
Entretanto, essa segunda parte também se aprofunda em outras histórias dos Bridgerton. Ela investe especialmente nas jornadas de Francesca e Benedict, este inclusive deverá ser o centro da história na próxima temporada. Ele até tem uma fala dizendo que a próxima coisa que acontecer com ele vai mudar sua vida totalmente. Mas sinceramente achei que seu arco de relacionamento nesta parte da história foi desnecessário e forçado. Me pareceu que era só para dizer que o roteiro era inclusivo.
Já a história de Francesca foi bonita, e a intérprete Hannah Dodd tem olhares muito expressivos. Há um momento no final que deixa bem claro que a história dela terá outros problemas na próxima temporada. Mas, na verdade, os dois personagens que mais me chamaram a atenção foram Cressida (Jessica Madsen) e e Portia Featherington (Polly Walker). Polly Walker é um destaque desde a primeira temporada. A atriz consegue construir um personagem que não é nem boa, nem ruim, simplesmente tenta seguir sua vida da melhor maneira possível. Já Cressida, que entrou na história como uma coadjuvante sem grandes falas, para ser um vilã que não é vilã. Somente o resultado de seu tempo e educação equivocada. Ótima atuação que rendeu grandes momentos para a história. Espero que retorne na próxima temporada.
Gosto do arco do possível romance de Violet Bridgerton. Especialmente por mostrar um romance de uma mulher na terceira idade. Adorável! Entretanto há algumas coisas que criam uma certa ” barriga”. É o caso do casal Mondrich, que não tem muito o que fazer na história. E, sinceramente, continuo achando Eloise chatinha, rsrs.
E no final…
Do ponto de vista técnico, a cenografia, trilha sonora e, especialmente, os figurinos são um arraso. As cenas de bailes são lindas, e proporcionam os momentos de beleza que quem assiste Bridgerton adora. Agora é esperar pela quarta temporada!
Silvia Di Sessa
14 de junho de 2024 às 10:28 am
Critica perfeita!!!! Polly Walker é excelente!!!!