A Pixar sempre traz animações diferenciadas, e com apelo para crianças e adultos. É o caso da minha favorita, Toy Story, Viva – A Vida é uma Festa, Up – Altas Aventuras, e tantos outros. Todos estão disponíveis no Disney Plus. E agora mais um está chegando. É Red: Crescer é uma Fera, que chega nesse dia 11 também no Disney Plus.
Ela conta a história de Mei Lee, uma garota de 13 anos. Ela vive dividida entre continuar sendo uma filha obediente e o caos da adolescência. Ming, sua mãe, uma pessoa super protetora e bem autoritária, que nunca está longe da filha. Isso a coloca em situações bem difíceis, uma triste realidade para a adolescente. Como se as mudanças em seus interesses, relações e em seu corpo não bastassem, há um outro probleminha. Sempre que passa por fortes emoções (o que acontece praticamente sempre), ela se transforma em um panda vermelho gigante.
O que achei de Red: Crescer é uma Fera?
O filme é claramente um projeto feminino. Além das duas personagens principais, a diretora também é mulher. É a vencedora do Oscar Domee Shi, que já tinha sido responsável pelo curta-metragem da Pixar, Bao. Aqui em Red: Crescer é uma fera também momentos emocionantes, fofos, além, é claro, de divertidos. É na verdade um tocante tributo para a adolescente que vive dentro de cada um de nós.
Ninguém nunca virou panda como Mei Lee, claro, mas todo mundo já passou vergonhas pelos mais diferentes motivos na escola. E esses são inesquecíveis, rs. O filme se passa nos anos 90, e por esse motivo vai ampliar bastante o escopo de pessoas que vai se identificar com o dia a dia difícil da garota. E Red: Crescer é uma Fera tem um roteiro corajoso e até admirável na forma como trata o difícil momento da entrada na adolescência. Lida com certos tópicos tabus, especialmente numa animação, de uma maneira sincera e sem rodeios. Além disso, tem uma animação moderna, cores vibrantes e uma linguagem acessível e nervosa – como deve ser.
O que achei de Red: Crescer é uma Fera?
O filme mostra um claro compromisso com a diversidade. São várias raças, gêneros, tipos físicos, aparecendo e convivendo de maneira harmônica (bem, talvez a maior parte do tempo). Mei Lee tem ídolos por quem se apaixona e amores impossíveis, tão normais nessa idade. E claro, melhores amigas que dão conselhos que funcionam – às vezes. Mas o mais legal é que o filme defende dar vazão à curiosidade. Ensina que devemos ser curiosos, ter compaixão, e dar valor a um certo autocontrole. E principalmente que amizades e a família fazem toda a diferença. Gostei!
PS – Eu vi o filme no original legendado. Tem ótima vozes, inclusive Sandra Oh como Ming. A dublagem brasileira também tem nomes famosos. Ary Fontoura dá voz ao personagem Sr. Gao. Já Rodrigo Lombardi será Jin e Flavia Alessandra a personagem Ming.