A premissa de Samaritano, disponível na Prime Vídeo, é bem interessante. Sam Cleary, um garoto de treze anos, suspeita que seu misterioso vizinho, o Sr. Smith (Sylvester Stallone), é na verdade uma lenda escondida à vista de todos. Vinte anos atrás, o vigilante superpoderoso, Samaritano, foi dado como morto após uma batalha de fogo no armazém com seu rival, Nemesis. A maioria acredita que o Samaritano morreu no incêndio. Entretanto, alguns na cidade, como Sam, têm esperança de que ele ainda esteja vivo. Ainda mais porque o crime está em ascensão e a cidade à beira do caos. É quando Sam assume como missão persuadir seu vizinho a sair do esconderijo para salvar a cidade da ruína.
O que achei de Samaritano?
Parece legal, né? E poderia ser mesmo. Mas Samaritano também não é totalmente ruim como muita gente andou falando. É um filme com cara antiga, algo assim produzido nos ano 90, no auge de Stallone. O vilão, feito por Pilou Asbaek (de Game of Thrones), é daqueles bem maus, totalmente exagerado. E o roteiro dá umas “capengadas” no meio do caminho. E ainda há algumas coisas bem mal feitas. Repare na cena do final, no meio do incêndio. Ninguém tem problemas para respirar, nem para segurar nos metais obviamente quentíssimos. Chega a ser risível.
Entretanto, há alguns pontos positivos em Samaritano. O principal deles é o garoto Javon ‘Wanna’ Walton, que marcou presença em Euphoria. Ele se entrega totalmente ao papel de Sam, e se sai muito bem. Vale ver a determinação do personagem. Stallone é sempre uma figura carismática. E o filme ainda tem uma reviravolta que realmente que eu não percebi em momento algum. O problema é que com a premissa, e ainda o diretor talentoso – Julius Avery do ótimo Operação Overlord – a gente esperava mais. Algo assim, como um novo Corpo Fechado. Pena que não chegou nem perto! De qualquer maneira, o final deixa uma porta escancarada para uma sequência. Será?