Eu estou virando grande fã das séries escandinavas. Depois de O Assassino de Valhalla (Islândia) e Deadwind (Finlândia), resolvi assistir a sueca Areia Movediça. Na verdade, não sabia muito sobre a minissérie de seis episódios. Fui atraído pelo fato de ser curta, e também pela sinopse, com assassinato e investigação. E adorei!
Baseado no livro Störst av allt, de Malin Persson Giolito, conta a história de Maja, uma jovem sueca acusada de participar de um atentado em sua escola. Quando um tiroteio em massa acontece em uma escola preparatória do bairro mais rico de Estocolmo, Maja Norberg estava envolvida junto com o namorado Sebastian. A série acompanha o relacionamento de ambos, e também o dia a dia de Maja até o seu julgamento. Durante o julgamento, muitos detalhes sobre seu relacionamento com Sebastian e sua família são revelados. Mas seria a adolescente realmente culpada ou mais uma vítima?
A crítica
A Areia Movediça do título é representado por aquele momento em que as pessoas se deixam levar por situações que acabam arrastando para situações sem volta. Esse é o caso de Maja, que se envolve com o namorado até uma determinada situação que culmina em uma tragédia escolar. A série, que alterna presente com flashbacks, não tem meias palavras. Já começa com cenas de violência, e depois jovens com liberdades sem limites, drogas, estupro, pais ausentes e frívolos. Então, se você têm problemas com isso, é melhor nem assistir. Mas, caso contrário, vai ver uma narrativa poderosa de como uma jovem pode ser levada a fazer coisas inicialmente impensáveis. Há momentos da relação entre Maja e Sebastian que vão deixar você revoltado.
As cenas com Maja e seu advogado, bem como dela com a guarda da prisão estão estre as melhores. A série termina com o julgamento. É o ponto alto da história. O elenco também funciona bem. Há momentos em que Maja, feita por Hanna Ardehn, alterna a total apatia com o desespero. Confesso que me fez chorar numa determinada cena no julgamento. Vale a pena!