Depois que você vê tantos filmes como eu, a surpresa com alguma escolha de roteiro é algo difícil. Ainda mais atualmente parece que todo mundo segue uma cartilha de o que oferecer para agradar a audiência. Mas, de vez em quando, aparece algum que foge desse círculo vicioso. A bola da vez é Passei por Aqui, filme de suspense inglês, que estreou essa semana na Netflix. Pouco tinha ouvido falar dele. Mas, me senti atraída pelo pôster e pelo elenco, liderado por Hugh Bonneville (Downton Abbey) e George McKay (1917).
Um jovem grafiteiro rebelde chamado Toby e seu amigo Jay tem como alvo principal as casas de uma elite rica da região. Só que esse tipo de ação o aproxima da propriedade de um sinistro juiz de prestígio. Só que Jay, que vai ser pai em breve, desiste da ação. Mas Toby resolve seguir em frente sozinho. É quando o grafiteiro vai descobrir um segredo chocante. E este o leva a uma jornada que o coloca em risco e também os mais próximos a ele.
O que achei do filme?
O filme brinca com vários arquétipos, especialmente os de contratação de elenco. Ele troca de protagonistas em vários momentos. Mesmo com gente bem conhecida como George McKay e Kelly MacDonald (Nanny McPhee), quem acaba sendo o principal é o quase desconhecido Percelle Scott (série Youngers). E claro, Hugh Bonneville, que faz o grande vilão. Aliás, ele tem uma boa oportunidade aqui de deixar para trás o dono de Downton Abbey para trás na mente das pessoas.
Passei por Aqui tem também uma crítica social, que acaba sendo bem ácida. Ou como pessoas poderosas conseguem escapar da justiça. Já a parte do suspense não é tão eficiente, apesar de surpreendente. No final, é um filme diferenciado dentre tantos que existem na Netflix. Vale o seu tempo.