Eu imagino que muita gente ainda não tem o Universal Plus, afinal é o último grande streaming a chegar ao Brasil. Entretanto, ele tem várias séries boas. Uma estreia recente é Joan, estrelada por Sophie Turner, a Sansa de Game of Thrones. Ele conta a história de uma mulher que realmente existiu, Joan Hannington. Joan foi uma das maiores ladras da Grã-Bretanha nos anos 80. E a série de seis episódios conta a sua história – com um monte de “liberdades poéticas”, claro.
A história se baseia numa autobiografia de Joan, chamada I Am What I Am: The True Story of Britain’s Most Notorious Jewel Thief. Na série, Joan é uma jovem mãe de 20 anos que, após uma infância traumática e uma vida marcada por dificuldades, busca desesperadamente um futuro seguro para si e sua filha Kelly (Mia Millichamp-Long). Após uma noite de terror envolvendo bandidos à procura de seu namorado Gary, Joan decide fugir com Kelly. Sem condições de criar a filha, coloca-a em um orfanato, enquanto tenta reconstruir sua vida em Londres. Trabalhando no salão de sua irmã Nancy (Kirsty J. Curtis), Joan percebe que o emprego não é suficiente para alcançar seus sonhos. Movida pela ambição, ela se envolve no mundo das joias. É quando conhece Boisie (Frank Dillane), um antiquário que a acompanha no caminho do crime. Juntos, formam uma parceria profissional e amorosa, mas a busca pela riqueza através de meios ilegais acaba custando mais do que Joan imaginava.
O que achei?
Tudo se passa nos anos 80. O trabalho de reconstituição de época é muito bem feito. A trilha sonora, os figurinos, cabelo e maquiagem são um destaque também. A série mistura o gênero de filme policial com um drama familiar. É especialmente interessante acompanhar toda a parte dos roubos. Tem suspense e mantém atenção. Por outro lado, todo o drama familiar de Joan tentando recuperar sua filha é tocante também. Aliás, é preciso ressaltar como a garotinha que faz a filha, Mia Millichamp-Long, é a coisa mais fofa desse mundo. A primeira separação das duas é especialmente triste.
Há ainda o romance de Joan com Boisie. Frank Dillane percorreu um bom caminho desde sua canastrice dos tempos do início de Fear the Walking Dead. Convence como homem apaixonado (mas Sophie é “muita areia para o caminhãozinho dele”, rsrs). Também há o amigo de Boisie, Albie, feito por Gershwyn Eustache Jr., da série Britannia. Há uma clara atração entre ele e Joan, que nunca se concretiza, mas que termina de maneira ruim. E escancara uma porta para uma possível segunda temporada, ainda não confirmada.
Aliás, eu conversei sobre isso com Gershwyn, numa entrevista por Zoom. Ele foi muito simpático, enquanto falávamos sobre uma possível segunda temporada, e também a relação de Albie e Joan. Veja abaixo: