Séries de true crime tem um público cativo e fiel no streaming. Tem várias que alcançaram grande sucesso. E agora mais uma chegou no streaming. É Happy Face, com Dennis Quaid e Annaleigh Ashford, que estreou essa semana no Paramount Plus. Os dois primeiros episódios estão disponíveis e os demais estrearão um por semana no streaming. Eu já vi os dois primeiros, veja aqui o que achei…
A série é baseada na história real de Melissa G. Moore, que ela descreveu em seu podcast de true crime Happy Face e na autobiografia Shattered Silence. Depois de anos sem qualquer contato, o pai de Melissa (Annaleigh Ashford) busca a filha para tentar se reconectar. O problema é que ele está na prisão e é conhecido como o terrível serial killer Happy Face(Dennis Quaid). Depois de uma conversa com ele, Melissa acaba sabendo que há um homem prestes a ser condenado à morte por um crime cometido pelo pai. Essa descoberta a leva por um caminho chocante, e também por um dilema moral intenso.
O que achei?
A coisa que mais me incomodou na série não foram os exageros óbvios de Dennis Quaid como o serial killer real. Mas sim a quase santidade de Annaleigh Ashford e sua cara de sofrimento constante. E eu gosto muito dela, uma estrela da Broadway e que já participou de várias séries (ela é do time de Ryan Murphy – esteve em duas temporadas de American Crime Story). Mas aqui ela está muito artificial, provavelmente por um problema de direção e roteiro. De qualquer maneira, a série parte de um princípio estranho, que não é uma história verdadeira.
A busca de Melissa por uma vítima não oficial do pai, e a sua tentativa de salvar um homem acusado injustamente, é uma invenção dos roteiristas da série. De qualquer maneira, a série tenta seguir uma vibe meio O Silêncio dos Inocentes. Afinal, Melissa depende de suas conversas com o pai serial killer para conseguir salvar alguém.
Paralelamente, a gente acompanha a história da família de Melissa, o marido (também um santo) e a filha, que descobre acidentalmente que o avô é um serial killer e começa a surtar. Quem gosta do gênero, pode até gostar, mas é um daqueles de #prazercomculpa. Pode ser que melhore nos próximos episódios, mas por enquanto estou achando bem fraquinha. Mesmo sendo produzida por Michelle e Robert King, que já fizeram antes a sensacional The Good Wife.