Eu sempre fui fã do universo de Star Wars. Entretanto sei reconhecer que as produções – especialmente entre as séries do Disney Plus – estão cheias de altos e baixos. Para cada The Madalorian e Obi-Wan Kenobi (muita gente não gosta, mas eu acho genial), há os péssimos O Livro de Bobba Fett e Ashoka. Tanto que desisti das duas no meio. The Acolyte não é péssima, tem até bons momentos (eu gostei dos dois primeiros episódios, como escrevi aqui). Mas depois, foi difícil chegar no final da série, que está disponível no Disney Plus.
A ação de The Acolyte se passa cerca de 100 anos antes dos eventos do filme Episódio I – A Ameaça Fantasma. Durante os últimos dias da Alta República, os Jedi estão alcançando seu auge e liderando a República em explorações com iniciativas galácticas. É nesse momento que uma jovem ex-padawan chamada Osha (Amandla Sternberg) se vê obrigada a se reunir com seu mestre Jedi para investigar uma série de crimes. No caminho, eles deparam-se com forças mais sinistras do que esperavam. E ainda segredos e potências emergentes do lado negro nos últimos dias da época da Alta República. É quando os Jedi são ameaçados por uma força determinada a aniquilá-los.
O que achei?
A ideia é boa. Conhecer o momento em que os Jedi começaram a decair, e os Sith começaram a crescer. O primeiro episódio é ótimo – tem até um sensacional duelo entre Amandla e Carrie Anne Moss. Começa bem dando a entender que seria uma série policial. Só que logo depois, já no segundo episódio, a gente percebe que não é o caso. A coisa é muito – mas muito mais complicada. Há cenas repetitivas, com os mais diversos flashbacks (dois dos oito episódios são de flashbacks). Além disso, há coisas repetitivas, mas ao mesmo tempo, as razões de certos personagens para agirem de uma certa maneira ficam sem explicações. A explicação final #semspoilers é confusa e sem nexo.
Amandla Sternberg consegue diferenciar bem suas duas personagens. Entretanto Osha ficou parecendo tonta com aqueles olhares arregalados – já Mae é completamente tresloucada. Claramente a direção da série buscava exageros. Lee Jung-jae ( de Round 6) funciona, mas me incomodou bastante perceber que seus diálogos eram todos decorados (ele não é fluente em inglês). O elenco ainda tem Carrie Anne Moss e Dafne Keen (Deadpool e Wolverine), mas que não tem grandes oportunidades.
O último episódio termina com uma participação especial que fará você ficar com um sorriso no rosto. Também deixa claro que a ideia é ter uma segunda temporada. Mas, sinceramente, se The Acolyte for renovada, acho que pra mim essa primeira já foi suficiente, rsrs.