Tom Hanks é aquele ator que deixa todo e qualquer filme que faz especial. Vencedor de dois Oscars – Filadélfia e Forrest Gump – poderia ter ganhado pelo menos mais dois – Náufrago e Sully, pelo qual nem concorreu. Em 2020, ele só esteve em um filme (Borat não conta, rsrs). Foi Greyhound: Na Mira do Inimigo, uma aventura de guerra que foi direto para o Apple TV+. Só agora que assinei o serviço é que fui ver o filme. Já começa a dizer que é uma pena que ele tenha ido direto para o streaming. O plano original era que fosse para os cinemas, mas aí a pandemia aconteceu. É um daqueles casos em que se sente falta de um ambiente de cinema, com sua grandiosidade, sem as distrações e o tamanho das telas que temos em casa. Mas mesmo assim é um grande filme.
É claro que se você não gostar de histórias de guerra, mais especificamente da II Guerra é melhor nem chegar perto. Tom Hanks já comprovou em várias ocasiões que adora. É só lembrar de suas escolhas como ator – O Resgate do Soldado Ryan. Ou ainda como produtor – as minisséries Band of Brothers e The Pacific. Aqui em Greyhound, inclusive, ele também é o responsável pelo roteiro, além de ser o ator principal.
Baseado no livro The Good Shepherd, de C.S.Forester, Greyhound: Na Mira do Inimigo acompanha um comboio internacional de 37 navios aliados durante a II Guerra. Ele é liderado pelo capitão Ernest Krause (Tom Hanks), que está em seu primeiro comando de destróier norte-americano. Ao fazer a travessia do temido mar do Atlântico Norte, ele irá enfrentar a perseguição de submarinos nazistas.
A crítica
Tudo começa com uma sequência quando ficamos sabendo que será a primeira missão realmente importante da carreira do capitão. É romântica e triste sua interação com a personagem de Elizabeth Shue. Ela aparece nesse único momento, mas está presente todo o tempo nas memórias do oficial.
A partir daí, o filme é tenso todo o tempo. São batalhas infindáveis, onde os tripulantes navio tem que proteger os demais, e ainda a eles mesmos. Ao mesmo tempo acompanha a dúvida, e a determinação de seu capitão. Tom Hanks está todo o tempo em cena. O filme é dele, os coadjuvante só existem quando contracenam com ele. Isso poderia se tornar cansativo, mas quando quem faz isso é Tom Hanks. O ator tem mais uma de suas atuações primorosas, que fazem com que você queira saber quanl seu próximo passo.
Mas, além disso, a produção é primorosa. É uma pena que não possa ser visto no cinema. Todos os movimentos de câmera, a direção de arte, a fotografia, e especialmente a angustiante trilha sonora foram concebidos para a experiência cinematográfica. Mas mesmo na tela pequena dos que o assistirem pela Apple TV + ainda é um acontecimento.