A primeira temporada de Virgin River foi uma deliciosa descoberta na Netflix. Sim , a gente já viu um monte de histórias como essa. Uma jovem chega numa cidadezinha do interior com o objetivo de dar um novo rumo à sua vida. Lá enfrenta o preconceito porque não é do local, mas acaba conquistando todo mundo, inclusive o amor. Nenhuma novidade até aí. Mas a primeira temporada de Virgin River era tão simpática, que acabou sendo um enorme sucesso para a Netflix. Tanto que logo foi anunciada uma segunda, que chegou na última semana no serviço.
Para quem acompanhou a primeira, ela terminou com a enfermeira Mel deixando Virgin River depois de descobrir que a ex-namorada de Jack estava esperando um filho. E Doc e Hope decidem reatar seu casamento. A segunda temporada começa algumas semanas depois disso. Mel está voltando para Virgin River. Sua ideia é cumprir o seu tempo de contrato e depois voltar para Los Angeles. Mas logo encontra Jack, e aí… Paralelamente, Doc e Hope resolvem esconder da cidade que estão juntos de novo, o que abre caminho para Muriel tentar sua sorte com o médico.
A crítica
Eu devorei os 10 episódios da segunda temporada rapidamente. Mas sinto dizer que ela perdeu um pouco de seu charme. Adorava ver aqueles pequenos problemas que tinham que ser resolvidos pelos médicos. Agora, eles ficaram em segundo plano. Achei que houve destaque demais para Calvin, Brady, os vilões da história. Também me incomodou um pouco o romance proibido de Ricky e a recém-chegada Lizzie. Obviamente isso foi incluído para atrair um público mais jovem para a série. Só que a maneira como ela o leva para “o mal caminho” chega a ser risível.
Além disso, algumas vezes, a lembrança constante do marido deixou Mel muito chata. Entretanto, quando ela e Jack estão juntos, a química sempre funciona. É também quando Alexandra Breckenridge e Martin Henderson funcionam melhor. Entretanto adorei o posicionamento dela quando a cunhada vem visitá-la (mulher invejosa, rs). A ideia de manter Charmaine por perto, totalmente determinada a ficar com Jack, mesmo sabendo que ela gosta de outra, também teve bons momentos. A gente consegue ficar com raiva dela – em algumas situações – e também se compadecer de sua situação – em outras.
O final é aberto. Há várias situações dramáticas pendentes. Ela já foi renovada para a terceira temporada em julho, meses antes da segunda estrear. Bem, com esse final, imagine se a Netflix não renovasse? Ia ter muita gente brava, inclusive eu! Rsrs!