Nos anos 80, era muito comum ver estrelas de séries de sucesso fazendo filmes dramáticos para demonstrar que não eram apenas rostinhos bonitos. Geralmente eram produções feitas para TV, do tipo movie of the week. Várias fizeram isso. Lindsay Wagner (A Mulher Biônica) fez o maravilhoso Os Dois Mundos de Jennie Logan. Farrah Fawcett fez o também excelente Cama Ardente. Jaclyn Smith foi a figura histórica Florence Nightingale. E já que estamos falando de Panteras, Cheryl Ladd também teve sua experiência no gênero. O drama O Sonho de Mary Gray está disponível na Amazon Prime. Eu nunca tinha visto, então foi uma experiência interessante analisar com os olhos de hoje a produção da época.
Cheryl faz a Mary Gray do título. Ela é a esposa de Jonathan (Ted Levine), um fazendeiro que vive em Minnesota. Quase ignorada por seu marido, que é infértil, ela luta contra uma profunda sensação de solidão. Jonathan, com medo de não ter nenhum filho com o nome da família, trama um plano audacioso. Ele pretende deixar que seu irmão Aaron (Lewis Smith) engravide sua esposa. Mas o plano dá errado quando Mary Gray e Aaron começam a se apaixonar.
O que achei do filme?
Confesso que achei o argumento bem audacioso para os anos 80. Afinal, as produções da TV americana da época eram bem preocupadas em não “ofender as famílias americanas”. É baseada em um livro The Fulfillment, de LaVyrle Spencer. A reconstituição é boa, a história mantém a atenção, apesar de alguns diálogos meio bobos. Você se envolve com a história, especialmente pela curiosidade de saber como ela vai terminar. Cheryl está em ótima forma, como atriz e como beleza. Mas, infelizmente, o final acaba com qualquer admiração pela audácia da produção, por estar à frente do seu tempo. É retrógrado, absurdo, triste. Fica uma sensação de “que desperdício!”.
wanderlucio ferreira da Silva
5 de setembro de 2022 às 4:19 pm
adorei o filme,que traz uma reflexão sob a vida dos personagens bíblicos Abraão e sara,porém fica uma sensação muito ruim de não saber o que acontece a seguir,deveriam produzir uma sequência.
Eliane Munhoz
5 de setembro de 2022 às 5:59 pm
Achei uma história triste demais. Mas pela época em que foi feito, o final não poderia ser diferente. Talvez se fizessem uma refilmagem, as coisas poderiam terminar de outra maneira.