Depois que deu um tilt no servidor, agora tenho que reescrever esta matéria de O Estrangulador de Boston e a de Shazam: Fúria dos Deuses. Bem, vamos lá…
Há alguns milhões de anos, me lembro de ter assistido o filme O Homem que Odiava as Mulheres. Era de 1968 e contava a história real de um serial killer que estrangulava mulheres na cidade de Boston. Era um bom filme, que inclusive deu uma indicação ao Globo de Ouro para Tony Curtis (pai de Jamie Lee Curtis). Agora, chegou ao Star Plus, uma nova versão dessa história, que dá para duas jornalistas o protagonismo da resolução dessa história. É O Estrangulador de Boston – e vale a pena ver.
O filme acompanha um misterioso assassino que faz cada vez mais vítimas. E, especialmente, quando a jornalista Loretta McLaughlin (Keira Knightley) se torna uma das primeiras a conectar os assassinatos do estrangulador de Boston. Todavia, quando Loretta tenta seguir sua investigação ao lado de sua colega e confidente Jean Cole (Carrie Coon), a dupla se vê prejudicada pelo sexismo da época. Mesmo assim, McLaughlin e Cole seguem corajosamente arriscando suas vidas em uma busca para descobrir a verdade.
O que achei de O estrangulador de Boston?
As duas jornalistas, pelo que me lembro, pouco existiam na primeira versão. Só agora, mais de 50 anos depois, a verdade se apresenta. O filme mostra claramente o preconceito contra a mulher. Como era complicado – até para outras mulheres – entender uma mulher casada e com filhos que trabalha fora. E principalmente, que quer investigar um assunto tão estritamente “masculino” para a época quanto uma investigação policial.
A direção de arte e os figurinos são sensacionais. O roteiro é inteligente e preciso. Especialmente ao deixar claro que este caso não está totalmente resolvido até hoje. Como tantos que existem por aí. Keira Knightley faz o papel principal de forma competente, assim como Carrie Coon. Apesar de que esta última não tem muitas chances. Do lado masculino o destaque fica com Chris Cooper como o editor, e Morgan Spector, de A Idade Dourada, como o marido de Loretta. Ele é sempre muito interessante. E o filme idem. Vale a pena assistir.